O Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado nesta semana traz Mato Grosso do Sul como o estado que registrou maior taxa nos casos de estupro e estupro de vulnerável em 2020 e 2021. A taxa é referente ao número a cada 100 mil habitantes.
Conforme a tabela, Mato Grosso do Sul teve taxas de 83 casos por 100 mil habitantes em 2020 e 86,5 em 2021. O número é sobre os crimes de estupro e estupro de vulnerável juntos. Ao todo, foram 361 casos de estupro e 1.970 de estupro de vulnerável registrados em 2020. No ano seguinte, houve aumento, com 383 estupros registrados e 2.072 estupros de vulnerável.
Outro dado do Anuário aponta que a maioria das vítimas nos casos de estupro são mulheres. Em 2020, dos 361 registros, 324 foram contra mulheres. Em 2021, dos 383, 329 também foram contra vítimas mulheres. O mesmo acontece nos casos de estupro de vulnerável. Em 2020, das 1.970 vítimas, 1.640 eram do sexo feminino e, em 2021, 1.684 das 2.072 vítimas também eram do sexo feminino.
No início de junho o Midiamax noticiou ainda que os casos aumentaram em 2022, com uma média de 122 crimes de estupro registrados por mês, enquanto em 2021 a média foi de 59,6 casos — entre crimes de estupro com vítimas de todas as idades.
Estupro de vulnerável em Campo Grande
Em março deste ano, o fonoaudiólogo Wilson Nonato, de 30 anos, foi preso preventivamente por estupro de vulnerável, após ser preso em flagrante no consultório em que atendia. Ele foi acusado de estuprar pacientes que tinham entre 2 e 8 anos de idade, todos meninos, e não chegou a confessar os crimes quando interrogado.
Ao todo, foram instaurados 7 inquéritos pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) e várias crianças que eram atendidas na mesma clínica também foram ouvidas. Wilson segue preso preventivamente em Campo Grande.
Motorista preso por estupro
Neste mês de junho, motorista de aplicativo foi preso temporariamente, em Campo Grande, por estuprar passageiras. O caso foi revelado após ele atacar uma passageira que estava ao telefone com o namorado, sendo que o ataque foi gravado e a vítima conseguiu fugir pulando pela janela.
Os crimes aconteceram entre o fim de maio e início de junho e ao menos três mulheres foram vítimas do acusado. Ele chegou a tentar negar os crimes para outros motoristas, que desconfiavam que seria ele o autor dos abusos. As passageiras denunciaram o motorista aos aplicativos e ele foi banido.
Antes de cometer os estupros, ele se drogava durante o trabalho e, depois, deixava as vítimas em casa e não cobrava pela corrida, que já teria sido cancelada por ele antes mesmo de começar. O caso foi investigado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) que já concluiu o inquérito.