Diário Corumbaense
Construída sobre o rio Paraguai, entre 1938 e 1947, a ponte Eurico Gaspar Dutra, em Porto Esperança, usada para o transporte ferroviário para comodities entre Brasil e Bolívia, passou por obra de adequação energética. O serviço exigiu grande aporte de engenharia, devido ao local de difícil acesso, e estudos e propostas junto aos órgãos envolvidos para definição e elaboração do projeto, por se tratar de um Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera.
Obra iniciada em 2022 recebeu troca de uma extensão de cabos antigosA obra, iniciada em outubro de 2022, deu “cara nova” à ponte, que recebeu a troca de uma extensão de cabos antigos, que ficavam na lateral da ponte, por cabos isolados, oferecendo mais segurança aos trabalhadores locais. Foram instaladas eletrocalhas, para dar o devido suporte e proteção para os cabos, atendendo às especificações do projeto.
Investimentos foram de R$ 2,4 milhõesOs materiais foram transportados por trem de cargas e os trabalhadores por barco. O investimento foi de R$ 2,4 milhões. “A solução implementada atende aos critérios de segurança, confiabilidade do sistema e aos requisitos dos órgãos envolvidos, pelo valor histórico da conexão de extrema importância para os países coirmãos”, disse Patrick Pazini, supervisor de projetos da Energisa, concessionária de energia elétrica em Mato Grosso do Sul.
A ponte
A ponte liga a ferrovia Noroeste do Brasil, que começa em Bauru (SP) até Corumbá no Pantanal de Mato Grosso do Sul. É tombada como Patrimônio Histórico e localizada em local de difícil acesso da planície pantaneira. Está localizada a 75 km de Corumbá e 355 km de Campo Grande.
Também é conhecida como ponte Barão do Rio Branco. Na época de sua construção, foi considerada uma das maiores obras de engenharia do mundo, passando por cima das águas do rio Paraguai e utilizada como estrada ferroviária da extinta Estrada de Ferro Noroeste Brasil/RFFSA.
Especificações:
2 mil metros de comprimento;
112 metros de altura;
10 metros de largura;
9 anos para construção e 2,1 mil operários;
Patrimônio histórico pelo IPHAN em 2011.
Com informações da assessoria de imprensa.