Folha de Corumbá Rádio Difusora

Homem mata cãozinho com facão e ameaça filhos de morte

Diário Corumbaense

Acompanhadas de uma conselheira tutelar, três menores de idade, de 12, 15 e 17 anos, foram à Delegacia de Polícia Civil, para pedir representação criminal e medidas protetivas de urgência contra o pai, de 48 anos. O homem, que estava alcoolizado e transtornado, matou o cachorro delas com um facão, as ameaçou de morte e ameaçou golpear o irmão delas, que não teve a idade informada. Ele ainda teria passado a língua no facão que estava com o sangue do cão.

Boletim de ocorrência 1613/2023, o qual o Diário Corumbaense teve acesso, informa que o autor chegou bêbado na casa onde vive com os filhos, na parte alta de Corumbá, por volta das 23h30, de sexta-feira (07) e trancou o filhote no banheiro porque ele não parava de chorar. Depois, num ato de extrema crueldade, o homem matou o cãozinho com um golpe de facão no pescoço.

Neste momento, o filho do autor, vendo o que o pai havia feito, o proibiu de entrar na residência, pois ele estava transtornado e chegou a passar o facão cheio de sangue na língua e disse que comeria o cachorro.

Ao ser impedido de entrar na casa, o indivíduo, ainda com o facão, foi em direção ao filho para golpeá-lo. Neste instante, a irmã, de 17 anos, segurou o pai para que não fizesse nada contra o irmão, que saiu correndo da residência, se abrigando na casa do vizinho, mas o autor se desvencilhou da menor e foi atrás dele, ficando por um tempo no entorno do imóvel do vizinho, esperando o filho sair.

Depois, ele voltou para a casa da família e passou a ameaçar as filhas dizendo: “vou matar vocês”. As ameaças teriam se estendido até 02h30.

Por conta da situação, as menores saíram correndo da casa e ficaram na residência de uma outra vizinha. O homem as procurou, mas não encontrou as filhas.

Na delegacia, na companhia da conselheira tutelar, as menores manifestaram o desejo de medidas protetivas de urgência para proibir que o pai, que é alcoólatra, se aproxime delas. Foi informado que a mãe das menores está em uma fazenda, na região do Porto da Manga.

O caso foi registrado como: praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos; ameaça (violência doméstica); perturbação do trabalho ou do sossego alheio (violência doméstica).