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Polícia Civil faz campanha para combater violência contra a mulher em Corumbá

Leonardo Cabral em 03 de Fevereiro de 2023

Diario Corumbaense

A Delegacia de Atendimento a Mulher de Corumbá (DAM), esta semana, lançou uma campanha para combater índices de violência contra a mulher. A ação ocorre durante todo o período de Carnaval, conhecido como o maior do Centro-Oeste, trazendo foliões de diversas partes do Brasil e também do país vizinho, a Bolívia.

Nesse sentido, convém frisar a importância do respeito, proteção à mulher, como um dever de toda a sociedade, sendo que um dos principais crimes contra a mulher nessa época de folia de momo é de importunação sexual, conforme a delegada titular da DAM, Camilla Gerarde Barbosa Borgesa.

“A pena, em caso de condenação é de até cinco anos de prisão. A delegacia funcionará em regime de plantão integrado, juntamente com a 1ª Delegacia de Polícia Civil”, esclareceu a delegada ao Diário Corumbaense.

A violência contra as mulheres se manifesta de diversas formas. É todo ato lesivo que resulte em dano físico, psicológico, sexual, patrimonial, que tenha por motivação principal o gênero, ou seja, é praticado contra mulheres expressamente pelo fato de serem mulheres.

Pode ser praticada no âmbito da vida privada em ações individuais, exemplos disso são: o assédio; o estupro; o feminicídio; a violência obstétrica e violência doméstica. Os índices de violência doméstica costumam subir devido ao consumo de álcool.

A delegada ressalta sobre a importância de informar os casos à polícia. “Para a população que caso saiba da prática de atos criminosos, não só no carnaval, orientamos que procure um policial que esteja próximo, filme as ações para que sirvam como provas, esteja próximo à vítima para servir como testemunha”, pede.

“A proteção à mulher, no sentido de coibir a prática de crimes, é um dever de toda a sociedade”, finalizou a autoridade policial.

Números

Diário Corumbaense apurou que em 2021, foram registrados 489 boletins de ocorrências na DAM em relação à violência contra a mulher e 478 na 1ª Delegacia de Polícia, totalizando 967. Em 2022, até setembro, foram 317 na DAM e 284 na 1ª DPC, totalizando 601.

Em relação a crime de feminicídio, em 22 de junho do ano passado, Grazielly Karine Soares Alves de Lima, de 28 anos, foi morta pelo companheiro, Edmilson Veríssimo dos Reis, de 33 anos, conhecido pelos apelidos de “Aquidauana e Xitu”. 

Quando foi localizado pela Polícia, deu um tiro contra a própria cabeça, ficou internado e morreu dias depois, em 27 de junho. 

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