Corumbá possui a maior estrutura para a prática da pesca esportiva, seja em embarcações individuais, pousadas, ou em barcos-hotéis, o que faz da cidade um grande polo do turismo.
Com o início da piracema, muitas empresas do setor interrompem suas atividades, liberam trabalhadores, mas a maioria encontra ocupação em outras funções, como a manutenção de barcos em estaleiros ou vendendo pacotes de pesca para o próximo ano.
“Este é um período difícil para as empresas de pesca esportiva, pois ficamos três meses sem operar. Algumas mantêm seus funcionários com salário base, enquanto outras precisam dispensá-los. Aqueles que têm seguro-desemprego ficam amparados, mas os que não têm buscam trabalhos temporários, como na manutenção e pintura de embarcações. Além disso, iniciamos a venda antecipada de pacotes para o próximo ano. No entanto, o custo durante esses meses de inatividade é elevado”, disse Luiz Martins, presidente da ACERT (Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo), ao Diário Corumbaense.
Há alguns anos, algumas empresas tentaram investir em cruzeiros pelo Pantanal durante a piracema, mas segundo Martins, a iniciativa não teve sucesso. “Tentamos implementar essa programação há cerca de três anos, mas o brasileiro não tem o hábito de fazer cruzeiros em águas doces (rios). É uma opção cara, e os empresários acabavam arcando sozinhos com os custos. Infelizmente, essa ideia não teve aceitação no mercado brasileiro”, comentou o empresário.
A Piracema começou nesta terça-feira, 05 de novembro, e se estenderá até o dia 28 de fevereiro do próximo ano, durante a qual a pesca fica proibida nos rios de Mato Grosso do Sul para permitir a reprodução dos peixes.
Edição: Leonardo Cabral
Fonte: https://www.diarionline.com.br/?s=noticia&id=147801