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Com corte milionário em orçamento, federais de MS podem não conseguir pagar contas básicas

MEC informou que há uma perspectiva que o desbloqueio das verbas aconteçam no dia 1º de dezembro, disse Andifes

Após o MEC (Ministério da Educação) bloquear R$ 6,2 milhões das instituições federais de ensino em Mato Grosso do Sul, a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) disse que o corte orçamentário poderá poderá impactar pagamento de contas básicas, como água e luz.

Conforme o presidente da associação, reitor Ricardo Fonseca, as universidades já enfrentavam dificuldades com o primeiro bloqueio orçamentário, ocorrido em maio deste ano. Agora, a preocupação assola as instituições.

“Por conta do bloqueio de maio, já havia em uma situação em colapso orçamentário, como a Universidade Federal do RJ. Posso dizer que as consequências serão gerais, há universidades que estavam desenvolvendo vacina da covid e com esse corte é impossível não imaginar que esses projetos serão impactados. Projetos de pesquisa, extensão, mas o que traduz bem são as despesas básicas, como luz, água, manutenção, limpeza, vigilância”, afirmou.

O presidente da Andifes pontuou que em contato com o MEC, foi informado que há uma perspectiva que o orçamento seja desbloqueado no dia 1º de dezembro. “Mas até lá as universidades vão precisar de verba. E uma perspectiva não é uma certeza. Queremos uma certeza”, afirmou.

Fonseca também reforçou que o bloqueio do orçamento partiu do Ministério da Economia, aprovado pelo Governo Federal, não do MEC (Ministério da Educação).

Cortes no orçamento em MS

UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) foi a maior afetada, ficando sem R$ 3,8 milhões. O IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) teve estornados R$ 2,1 milhões.

Em nota, o IFMS informou que o valor representa 5,8% do orçamento de 2022 da instituição. O documento assinado pela reitora Elaine Cassiano destaca que os impactos do corte ainda estão sendo avaliados.

A UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) perdeu R$ 399 mil e apontou que a medida “vai impactar diretamente no custeio da instituição, ou seja, todos os contratos essenciais, como energia elétrica e vigilância, e bolsas próprias da universidade, destinadas a estudantes, como iniciação científica, auxílio transporte e outras”.

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