Marinha resgata gestante e puérpera em regiões distantes do Pantanal

Leonardo Cabral em 19 de Outubro de 2025

Divulgação/Marinha do Brasil

Duas moradoras de áreas isoladas do Pantanal, foram resgatadas neste domingo (19) por uma aeronave da Marinha do Brasil. A operação foi coordenada pelo Comando do 6º Distrito Naval (Com6ºDN), sediado em Ladário, após solicitação do Corpo de Bombeiros Militar.

Os resgates foram realizados pelo 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Oeste (EsqdHU-61) e contaram com o apoio de um médico do Hospital Naval de Ladário (HNLa).

A primeira paciente, uma indígena de 23 anos, moradora da Aldeia Uberaba — localizada a 167 quilômetros do município — estava com 31 semanas de gestação. Ela apresentava contrações e sinais de trabalho de parto prematuro, o que motivou o pedido de evacuação aérea.

Divulgação/Marinha do Brasil

Mulher deu à luz com auxilio dos Bombeiros pelo telefone

A segunda ocorrência envolveu uma jovem de 28 anos, da região do Paiaguás, a 157 quilômetros da cidade. Ela entrou em trabalho de parto na madrugada deste domingo (19) e deu à luz com orientações repassadas pelo telefone 193 ao marido dela, pelo 3° Grupamento de Bombeiros Militar.

O rádio operador de plantão, cabo Gilberto, pediu que o pai da criança higienizasse as mãos, utilizasse panos limpos e amparasse a cabeça e os ombros da recém-nascida. Após isso, o militar orientou sobre o corte do cordão umbilical, cuidados com a placenta e a importância de manter a bebê aquecida.

A menina chorou logo após o parto, apresentando respiração espontânea e sinais vitais estáveis, informou a Comunicação do 3º Grupamento de Bombeiros. Pela manhã, o helicóptero da Marinha resgatou a mãe e a criança.

Na chegada ao heliponto do EsqdHU-61, em Ladário, ambulância do Corpo de Bombeiros fez o transporte das pacientes e a recém-nascida para a Maternidade de Corumbá

EVAM

A Marinha do Brasil esclarece que o resgate de vítimas, feito por meio de EVAM (Evacuação Aeromédica), empregando helicópteros do Com6ºDN, é uma ação de cooperação com o Corpo de Bombeiros e sua realização ocorre eventualmente em locais onde o acesso é difícil ou inviável via terrestre e em caso de comprovada emergência.

O voo depende, ainda, de diversos fatores, como condições meteorológicas, utilização da aeronave em período diurno, distância do sinistro, entre outros.

(matéria editada para acréscimo de informação)