Ambulâncias novas paradas e aluguel no Samu viram alvo do MP em Campo Grande

Erik Silva – FOLHA MS

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul abriu investigação sobre o aluguel de ambulâncias pela prefeitura de Campo Grande, mesmo após o município ter recebido 12 veículos do Ministério da Saúde. O contrato de locação custa cerca de R$ 70 mil por mês.

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Seis ambulâncias foram entregues em dezembro do ano passado e outras seis têm previsão de chegada em abril de 2025. Uma vistoria técnica constatou que seis viaturas novas permanecem paradas na base do Samu.

A prefeitura alegou falta de equipes para ativar os veículos, mas o MP apontou que os mesmos profissionais que operam as ambulâncias alugadas poderiam ser deslocados para os modelos doados.
MP investiga aluguel de ambulâncias em Campo Grande, contrato de R$ 70 mil mensais é questionado diante de veículos novos parados na base do Samu.

Prefeitura diz que aluguel foi medida emergencial

Quanto ao contrato de locação das ambulâncias, a Sesau [Secretaria Municipal de Saúde] esclarece que foi uma medida emergencial e temporária, adotada para garantir que a população não ficasse desassistida enquanto o município aguardava o envio de novos veículos pelo Ministério da Saúde. Atualmente, metade dessas ambulâncias locadas já foi devolvida, com parte da frota substituída pelas novas unidades.

É importante compreender que em 2021, oito ambulâncias doadas pelo Ministério da Saúde precisaram ser desativadas após desgaste acentuado por anos de uso intenso e falta de peças de reposição. Desde então, a Prefeitura encaminhou diversas solicitações de reposição ao Ministério, sem retorno imediato quanto à entrega dos novos veículos. Nesse período, o SAMU chegou a operar com número reduzido de ambulâncias sob condições severas, impactando no tempo resposta e qualidade, o que gerou grande preocupação e exigiu uma resposta rápida do município.

Para restabelecer a capacidade operacional do serviço e evitar prejuízos à população, a prefeitura realizou a locação emergencial de veículos, assegurando a continuidade do serviço. As unidades recebidas do Governo Federal já estão devidamente documentadas e asseguradas; parte delas já está em operação, e as demais entrarão em atividade conforme a formação das novas equipes, visto que as novas ambulâncias mencionadas destinam-se exclusivamente à ampliação das equipes de suporte básico, não podendo ser utilizadas para reposição ou manutenção da frota atual.