Erik Silva – FOLHA MS
Durante um passeio de observação no Pantanal sul-mato-grossense, a guia e fotógrafa da ONG Onçafari, Giovanna Leite, registrou uma cena incomum, ao registrar imagens de uma sucuri capturando e arrastando um urubu para uma área alagada. O fato, ocorrido na quinta-feira (4), foi compartilhado por ela em suas redes sociais e marcou seu primeiro avistamento da espécie em 2025.
Giovanna relatou que, ao avistar uma ave caída com uma das asas virada para cima, utilizou o binóculo e percebeu que se tratava de uma sucuri enrolada no urubu.
A equipe acompanhou todo o processo de predação, observando a estratégia do animal.
“Chegamos mais perto e ficamos observando todo o processo dela, a estratégia. Ela estava toda enrolada no urubu e logo começou a levá-lo para a água. Foi realmente surreal!”, contou a bióloga, que acredita que o bote tenha ocorrido no momento em que a ave pousou para beber água.
Sucuri
As sucuris não possuem veneno e caçam por constrição, envolvendo-se ao redor da presa até imobilizá-la antes de engolir. Apesar do tamanho e da força, não costumam atacar seres humanos, evitando contato sempre que possível e reagindo apenas quando se sentem ameaçadas.
Em caso de encontro com o animal na natureza, a orientação é manter distância e observá-lo com cautela. Já em áreas urbanas, a recomendação é acionar a Polícia Militar Ambiental (PMA), responsável pela captura e devolução da espécie ao habitat natural. O telefone para contato é (67) 9 9984-5013.
