Polícia prende dois brasileiros e um boliviano por assassinato de cambista em Santa Cruz de la Sierra

Leonardo Cabral em 11 de Agosto de 2025

Enrique Canedo/ El Deber

A Polícia Boliviana apresentou, nesta segunda-feira (11), o avanço das investigações sobre o assassinato de uma cambista de 43 anos, ocorrido em 23 de julho, no mercado Mutualista, em Santa Cruz de la Sierra, a pouco mais de 600 km da fronteira com Corumbá. A vítima foi morta a tiros, e os autores seriam dois brasileiros e um boliviano.

Segundo o ministro de Governo, Roberto Ríos, três pessoas foram presas: os brasileiros Marcos J. S. e Luis P. F. M., apontados como executores, e o boliviano Alan Roy S. Á., acusado de auxiliar na fuga e ocultar provas.

Marcos J. S. teria entrado ilegalmente na Bolívia com documentos falsos. Ele possui antecedentes por roubo qualificado em Santa Cruz e por homicídio e roubo no Brasil, onde cumpria pena de 35 anos. De acordo com a polícia, o celular dele apresentava registros de chamadas e mensagens apagados no dia do crime.

Luis P. F. M., também com mandado de prisão no Brasil por homicídio, portava documentos falsos e uma pistola 9 mm que, segundo a investigação, foi usada no crime. Um capacete identificado nas imagens de câmeras de segurança também estava em sua posse. O suspeito, que cumpria prisão domiciliar, teria violado a medida para cometer o assassinato. Ao ser preso, tentou fugir e atirar contra agentes do Departamento de Análise e Inteligência Criminal (DACI).

O boliviano Alan Roy S. Á., motorista de confiança de Luis, teria fornecido transporte e alimentação aos criminosos. No momento da prisão, ele estava com porções de cocaína.

A polícia informou que o dinheiro roubado da vítima não foi encontrado com o trio. A principal suspeita é que o mandante, também brasileiro e ainda foragido, tenha ficado com a maior parte do valor, repassando uma quantia menor aos executores, que teriam descartado o montante ao perceberem que estavam cercados.

As investigações contaram com análise de imagens de videomonitoramento, entrevistas com familiares e conhecidos da cambista, rastreamento das rotas de fuga e coordenação com autoridades brasileiras. A motocicleta utilizada no crime foi localizada e havia sido repintada para dificultar a identificação.

O general Sandoval, da Força Especial de Combate ao Crime (Felcc), destacou o empenho das forças policiais e reforçou o compromisso em localizar o mandante e demais envolvidos.

Com informações do jornal El Deber.