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Encerrando a primeira noite dos desfiles oficiais, na madrugada desta segunda-feira, 12 de fevereiro, o Grêmio Recreativo Escola de Samba A Pesada, entrou na avenida e levantou o público. A agremiação veio contando a história de vida do médico Victor Rocha, mastologista, nascido e crescido na comunidade. A apresentação credenciou a escola ao título.
A Pesada, uma das mais tradicionais do carnaval de Corumbá, saiu este ano de enredos que homenageiam tradições culturais e religiosas, trazendo Victor Rocha, que além de médico e corumbaense, é um dos fundadores da Casa Rosa, em Campo Grande, que atende pacientes com câncer, com o enredo: “De Corumbá nasce o sonho de um pantaneiro, de Campo Grande, a realização de um doutor Victor Rocha, um menino sonhador”,
O desfile foi dividido em quatro setores. Neles, a escola retratou a trajetória do homenageado, até se tornar um dos grandes nomes na área da saúde, como médico na Capital do Estado. Com muito luxo, brilho e o samba-enredo cantado na ponta da língua, a agremiação fez sua apresentação, que teve algumas alas coreografadas.
Na comissão de frente “Os doutores da alegria – a grande coincidência da vida”, mostrou a infância, brinquedos e brincadeiras do homenageado, até a alegria da chegada de um circo na cidade e sua preferência pelos palhaços, suas brincadeiras e alegrias nas ruas, e, hoje, como médico, nos hospitais, tem a oportunidade de conviver e reviver o passado, com “Os doutores da alegria”, que é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos.
Anderson Gallo/ Diário Corumbaense
“Hera e Morfeu”, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Francielly Ramalho e Wellington Provenzano (Juruna)É nela, que ele introduziu a arte do palhaço no universo da saúde, intervindo junto a crianças, adolescentes e outros públicos em situação de vulnerabilidade e risco social em hospitais públicos. São médicos vestidos de palhaços que atuam em uma alegria diferente, onde em uma maca hospitalar, uma criança veio representando todo esse trabalho social.
Logo em seguida, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Francielly Ramalho e Wellington Provenzano (Juruna), veio representando “Hera e Morfeu”, os deuses dos sonhos, retratando o desejo e sonho de se tornar médico. O casal veio acompanhado de guardiões, como forma de proteger o sonho do homenageado. O abre-alas, trouxe o fundador da agremiação, Ney Colombo.
A ala das baianas, mostrou o sonho infantil de Victor Rocha, com voo tão alto como o de uma águia, pois na mente de seus pais, realizar o sonho de ser médico, seria quase impossível como o voo de uma águia que voa mais alto que todas as aves para lá de cima enxergar sua sobrevivência.
Anderson Gallo/ Diário Corumbaense
A Pesada levou mais de 1 mil componentes para a avenidaNa sequência do desfile, a agremiação revelou ao público as preferências do homenageado, como seus times de futebol, o amor pela pesca em momento de lazer, bem como a paixão pelo carnaval com o bloco das Pastorinhas, do qual Victor era apreciador.
O bloco Praia Bola e Cerveja foi lembrado, pois era nele que Victor sempre saía e brincava o carnaval, assim, como na escola de coração, a própria A Pesada. Outra festa retratada, foi a de São João, o qual era muito esperada e comemorada por Victor.
Também foi mostrado durante a passagem da escola de samba, a medicina de ancestrais, usada por curandeiras, benzedeiras, rezadeiras; as plantas medicinais; a criação da Casa Rosa, em Campo Grande, onde atende pacientes com câncer, um dos grandes trabalhos de Victor. Nesse setor foi contada a relação com o Outubro Rosa e Novembro Azul, reforçando a prevenção contra o câncer.
Já Victor Rocha, veio no último carro alegórico, com seus familiares, com a representação do maior projeto em prol das mulheres, a ‘Casa Rosa’.
Anderson Gallo/ Diário Corumbaense
Izaura Colombo e mestre Diego com a bateria BarcelonaA bateria Barcelona, comandada pelo mestre Diego Rojas, deixou o público eufórico ao passar pela avenida. Ele fez o uso do recuo, com evoluções, vindo de o grande mágico das cores e seus partners. Já os ritmistas estavam como os guardiões dos sonhos coloridos.
À frente, a rainha “Íris”, representada pela rainha de bateria, Isaura Colombo, a deusa das cores infinitas, acompanhadas pelos seus guardiões, que representam “os guardiões das cores infinitas, mensageiros da deusa Íris”. Alinhada com a bateria, Isaura mostrou muito samba, esbanjando simpatia ao longo da avenida General Rondon.