Justiça de MS manda Roberto Razuk para casa com tornozeleira eletrônica

Adriel Mattos, Thatiana Melo

O empresário e ex-deputado estadual Roberto Razuk teve a prisão preventiva convertida em domiciliar. Preso na terça-feira (25) em operação policial contra o jogo do bicho, ele voltará para casa e será monitorado por tornozeleira eletrônica.

A decisão foi assinada ainda ontem pela juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, do Núcleo de Garantias de Campo Grande, após a quarta fase da Operação Successione, do Gaeco/MPMS (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao , do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul). Razuk foi preso junto com os filhos, Jorge e Rafael.

Na ação, 20 pessoas foram presas, incluindo o empresário Sérgio Balthazar, um amigo da família; e o chefe de gabinete do deputado estadual Neno Razuk (PL), Marco Aurélio Horta.

 

Gaeco deflagra quarta fase da Operação Successione

Na terça-feira, 25 de novembro de 2025, o Gaeco/MPMS (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) deflagrou a quarta fase da Operação Successione, contra uma organização criminosa que explora jogos ilegais.

Foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão nos municípios de Campo Grande, Corumbá, , Maracaju e Ponta Porã. Alvos também foram identificados no Paraná, em Goiás e no Rio Grande do Sul.

Entre os presos, estão o empresário e ex-deputado estadual Roberto Razuk; os filhos dele, Rafael e Jorge Razuk; o advogado e suplente de deputado estadual, Rhiad Abdulahad; além do empresário Sérgio Donizete Balthazar e uma pessoa identificada como Samuel.

Em dezembro de 2023, o Gaeco identificou que o grupo tentou assumir o controle do jogo do bicho em Campo Grande, após a derrocada da família Name na Operação Omertà, em dezembro de 2019.

O deputado estadual Neno Razuk (PL) — filho de Roberto Razuk — é apontado pelos promotores como líder da organização criminosa que contava com policiais militares como ‘gerentes’ do grupo que controlava o jogo do bicho no Estado.

Os mandados foram cumpridos em endereços dos pais de Neno, do chefe de gabinete dele e de Rhiad.

Roberto Razuk foi apontado pelo Gaeco como antigo chefe da operação do jogo do bicho na região sul do Estado. Até a década de 1990, o esquema em todo o Mato Grosso do Sul era liderado por Fahd Jamil, também alvo da Successione em fases anteriores.

Fahd deixou o comando da organização criminosa e dividiu a operação em duas frentes: a região de Campo Grande ficou com Jamil Name e a região de Dourados e  passou para Roberto Razuk. O antigo líder ficou distante, mas manteve influência, como mostrou reportagem da revista Piauí, em dezembro de 2024.