Fábio Oruê
A defesa do ex-deputado estadual Roberto Razuk — alvo da 4ª fase da Operação Sucessione, deflagrada nesta terça-feira (25) — entrou com pedido de prisão domiciliar, nesta tarde.
Apesar de ainda não ter conseguido acessar o conteúdo da denúncia, a dupla de advogados que faz a defesa de Razuk, André Borges e João Arnar, entrou com o pedido por conta da saúde do ex-deputado — preso nesta manhã.
Esposa de Roberto, a ex-prefeita de Dourados Délia Razuk afirmou mais cedo que o marido enfrenta ‘estado de saúde extremamente delicado’. Segundo a mãe do deputado douradense Neno Razuk (PL), o patriarca teria passado por duas cirurgias oncológicas para remoção de tumores na bexiga e no rim.
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A operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagrada nesta terça-feira (25) é o 4° desmembramento da Operação Successione e atinge ao menos 20 alvos de prisão, entre eles, o clã da família Razuk. Os mandados são cumpridos em cinco cidades de Mato Grosso do Sul — Dourados, Campo Grande, Corumbá, Maracaju e Ponta Porã — e também no Paraná, em Goiás e no Rio Grande do Sul.
Em nota, o MPMS aponta que as fases anteriores da Operação Successione revelaram a existência de uma “organização criminosa armada, violenta, que se dedicava à exploração de jogos ilegais, corrupção e demais delitos correlatos”.
Durante as ações no início desta manhã, foram apreendidos armamentos e dinheiro em espécie. Não há ainda o balanço total. Os mandados seguem sendo cumpridos. Foram presos o pai e dois irmãos do deputado estadual Neno Razuk (PL), alvo de episódios anteriores da Succecione.
Confira a lista de alvos confirmados:
- Roberto Razuk, ex-deputado estadual e pai de Neno
- Rafael Razuk, irmão de Neno
- Jorge Razuk, irmão de Neno
- Rhiad Abdulahad, advogado
- Sérgio Donizete Balthazar, empresário
- Samuel Ozório Júnior, dirigente sindical
- Jonathan Gimenes Grance, sobrinho do traficante Jarvis Pavão
- Marco Aurélio Horta, chefe de gabinete de Neno
- Marcelo Tadeu Cabral, suplente de vereador e empresário (alvo de busca e apreensão, mas detido com armas)
- Wilian Ribeiro de Oliveira, preso em Goiás
