Polícia Federal lança Operação Incêndios 2025 focada em regiões críticas de crimes ambientais

Lu Barreto – Estado Diário

Brasília, DF – A Polícia Federal (PF) anunciou nesta quarta-feira (25) o planejamento da Operação Incêndios 2025, que atuará prioritariamente nas regiões com maior incidência de crimes ambientais relacionados a incêndios no último ano. As ações terão início nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, expandindo-se para Acre, Amazonas, Rondônia e Pará nas próximas semanas.

O lançamento da operação ocorre em um cenário preocupante. O Relatório Anual do Fogo (RAF), divulgado recentemente pelo MapBiomas, aponta o Pantanal como o bioma proporcionalmente mais afetado por esse tipo de crime nos últimos anos, além de sofrer com eventos climáticos extremos. A Amazônia, por sua vez, continua perdendo extensas áreas de vegetação nativa para o fogo. Em resposta a essa realidade, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, sob gestão de Ricardo Lewandowski, homologou parcialmente um plano anti-incêndios para a Amazônia e o Pantanal.

De acordo com a diretoria da Amazônia e Meio Ambiente da PF, o principal objetivo da Operação Incêndios 2025 é ampliar a capacidade de resposta da corporação diante do agravamento dos eventos climáticos extremos e do expressivo aumento de crimes ambientais nas regiões. A estratégia prevê a implementação de medidas preventivas e repressivas, que incluem:

  • Instalação de bases avançadas em pontos considerados críticos.
  • Mobilização de equipes especializadas e dedicadas ao combate desses crimes.
  • Uso intensivo de tecnologia e geointeligência para monitoramento e investigação.
  • Atuação integrada com a Força Nacional de Segurança Pública e as forças de segurança estaduais.

A PF também divulgou dados que demonstram o aumento da atuação no combate a incêndios florestais: em 2024, foram instaurados 138 inquéritos policiais, um salto significativo em comparação aos 46 de 2023. Somente neste ano, já foram abertos mais 42 inquéritos. As investigações no último ano resultaram em 29 mandados de busca e apreensão, três prisões preventivas e 16 prisões em flagrante, além de ordens judiciais de sequestro de bens que ultrapassam R$ 400 milhões.

Fonte Agência Brasil