Nova Lei Proíbe Celulares em Escolas: Veja Como Regras Estão Sendo Aplicadas em Diferentes Estados

A recente aprovação da lei que proíbe o uso de celulares em escolas públicas e privadas está trazendo mudanças significativas para o ambiente escolar. A legislação, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, restringe o uso dos dispositivos tanto em salas de aula quanto durante os intervalos, permitindo sua utilização apenas com finalidades pedagógicas e sob orientação dos professores.

Experiências em Estados Brasileiros

Alguns estados já possuem medidas semelhantes em vigor. No Rio de Janeiro, um decreto de agosto de 2023 já proibia o uso dos aparelhos nas escolas. O Ceará, por sua vez, conta com uma legislação desde 2008 que restringe o uso de celulares em sala de aula, embora sua aplicação tenha enfrentado desafios ao longo dos anos.

No Rio de Janeiro, as escolas têm autonomia para decidir como aplicar a medida, seja com o armazenamento dos celulares em mochilas ou recolhendo-os no início das aulas. A abordagem tem gerado resultados positivos, como maior interação entre os alunos durante os intervalos.

No Ceará, para garantir a efetividade da proibição, a Secretaria de Educação reforçou as orientações às escolas. A medida inclui a adaptação dos regimentos escolares e conscientização da comunidade sobre o uso responsável da tecnologia.

Desafios na Implementação

Apesar do avanço, a aplicação da lei enfrenta obstáculos como a falta de estrutura e turmas lotadas, o que dificulta o controle do uso de celulares. Muitos educadores apontam a necessidade de um esforço conjunto entre secretarias de educação, escolas e famílias para garantir o cumprimento das regras.

Outro ponto destacado é o receio de professores em lidar diretamente com os aparelhos dos alunos, temendo situações de conflito ou prejuízos materiais. Esse cenário reforça a importância de medidas estruturais e orientações claras para evitar problemas no dia a dia escolar.

Tecnologia como Aliada

Embora a lei proíba o uso irrestrito de celulares, ela reconhece a importância da tecnologia na educação, desde que utilizada de forma consciente e para fins pedagógicos. A nova legislação busca promover um equilíbrio, evitando que os dispositivos se tornem distrações e comprometam o aprendizado.

Próximos Passos

A regulamentação da lei está prevista para ser detalhada em um decreto presidencial nos próximos 30 dias, com previsão de implementação no início do próximo ano letivo, em fevereiro. Essa etapa será fundamental para definir os detalhes da aplicação e garantir a efetividade da medida.

A nova legislação posiciona o Brasil ao lado de países como França, Itália e Holanda, que já possuem leis similares, marcando um passo importante para a valorização do ambiente educacional.

Fonte: https://www.diarionline.com.br/?s=noticia&id=148940