Após 48h, o bloqueio na rodovia Bioceânica, na cidade boliviana de Puerto Suárez, foi encerrado às 18h, de terça-feira, 16 de abril, conforme Daniel Crespo, presidente do Controle Social de Puerto Suárez. A mobilização ocorreu em protesto à lentidão do processo judicial contra o prefeito Mauricio Montero, acusado de crimes de corrupção.
As organizações sociais, associações de moradores e cidadãos de Puerto Suárez que estiveram à frente do bloqueio, cobram mais agilidade nas investigações do Ministério da Justiça, Vice-Ministério da Transparência e Controladoria Geral do Estado e uma auditoria especial para apurar os prejuízos econômicos gerados ao município.
Segundo Daniel Crespo, presidente do Controle Social de Puerto Suárez, nos primeiros oito meses de mandato, Montero teria “desviado” 6 milhões de bolivianos (cerca de R$ 4,5 milhões), o que levou à abertura de um processo contra ele de sete vereadores.
Estado de emergência e vigília
Em coletiva de imprensa, os dirigentes pediram desculpas à população da área de fronteira pelos transtornos causados pela mobilização, mas garantiram que se tratava de uma medida necessária para pressionar o avanço do processo judicial contra o prefeito.
“Estamos em estado de emergência e vigília por 72 horas. Foi firmado acordo com o governo nacional e esperamos que sejam cumpridos os pontos que estamos exigindo. Pedimos desculpas por toda o caos causado, pois sabemos que afeta a nossa economia, como a passagem de combustível que é feita pela via, mas solicitamos que de fato, cumpram as nossas reivindicações”, disse Daniel Crespo ao Diário Corumbaense por telefone.
“Caso não haja solução para o que estamos pedindo, vamos bloquear novamente com mais severidade desta vez, mas sempre com um pedido justo”, finalizou.
Com informações do jornal El Deber.