As fronteiras da Bolívia com o Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Peru estão fechadas desde a 00h deste sábado, 23 de março, para a realização do Censo Nacional da População e Habitação 2024. Cidadãos bolivianos estão impedidos de cruzar a linha internacional até que o censo termine.
“Dia E, Dia do Registro”, é o nome que o Instituto Nacional de Estatística (INE) deu ao levantamento. Os recenseadores estão indo de casa em casa para fazer o levantamento.
Segundo o jornal El Deber, até o começo da manhã, a polícia boliviana já havia prendido 337 pessoas que desrespeitaram o toque de recolher obrigatório e outras normas impostas para a realização do censo populacional do país.
Apenas serviços essenciais como os de saúde estão disponíveis. também não é permitido vender ou consumir bebidas alcoólicas hoje.
Jornal El Deber
Policiais bolivianos mobilizados para fiscalizar as ruas durante o censoO levantamento populacional ocorre após protestos que duraram mais de um mês em 2022, contra o adiamento do Censo. Na época, os manifestantes queriam que a contagem ocorresse em 2023, pois a não atualização afeta diretamente no repasse de verba pública para investimentos, políticas sociais, que deveriam ser de acordo com o número de pessoas que vivem nos estados. Também afeta a representatividade política no Congresso boliviano.
O presidente Luis Arce, afirmou que, com base em dados preliminares do Censo, a redistribuição de recursos será realizada em setembro deste ano, um mês antes do proposto pelo governo.
Segundo o último censo, registrado há 12 anos, o número de habitantes era de 10.059.856. As projeções do Instituto Nacional de Estatística (INE) para este ano prevê atingir 12.332.252 de habitantes.
O fechamento da fronteira vai se estender até 23h50, no domingo (24), será reaberta normalmente. Em Mato Grosso do Sul, o País faz fronteira com Corumbá.
Com informações do jornal El Deber .