Campo Grande News em 14 de Junho de 2022
Idoso, crianças e portadores de doenças crônicas são os mais afetados com a baixa umidade
O inverno nem chegou ainda, mas o tempo seco se adiantou e já começou a provocar espirros em quem sofre com alergias. De acordo com dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a umidade do ar pode chegar aos 20% nesta semana, enquanto o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), é entre 40% e 70%.
O médico pneumologista, Ronaldo Queiroz, explica que o tempo frio e seco é agressivo para as vias aéreas superiores (nariz, faringe e laringe), diminuindo as defesas do corpo humano. O resultado desta combinação está no surgimento de resfriados, gripes, sinusites e pneumonia com maior frequência.
“Os pacientes portadores de doenças respiratórias crônicas, como asma e rinite, sofrem mais e precisam manter todos os cuidados e os tratamentos recomendados pelos pneumologistas para não entrarem em crise. Outra população de maior risco são as crianças e os idosos”, ressaltou.
Estes cuidados variam entre tomar muito líquido, evitar aglomerações e manter as vacinas contra doenças respiratórias em dia.
O uso de umidificadores também pode aliviar as crises alérgicas, mas na falta do equipamento, toalhas úmidas e bacias d’água ajudam. Além disso, é recomendado ainda evitar atividades físicas nas horas do dia de umidade mais baixa, entre às 10h e às 16h.
A estação mais gelada do ano começa no dia 20 de junho neste ano, e vai durar até 22 de setembro. As frentes frias e massas de ar polares frias são responsáveis pela queda de temperatura, ausência de chuvas significativas, umidade relativa muito baixa em torno dos 20%, ventos mais intensos e nevoeiros. Em média, no inverno, chove cinco vezes menos que no verão.
O uso das máscaras, popularizadas para o combate à covid-19, também são eficazes contra outras doenças virais, como a gripe. Sem a obrigação dos decretos de órgãos públicos, seu uso fica a critério pessoal, mas recomendado pelo médico para evitar a disseminação das enfermidades.
“O uso das máscaras não deve ser uma prática generalizada, sendo recomendado seu uso para as pessoas com infecções respiratórias, a fim de diminuir o risco de transmissão”, disse.