Uma operação conjunta entre a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e a Polícia de São Paulo desarticulou, na noite de sexta-feira (14), uma célula de facção criminosa que atuava na região de fronteira com o Paraguai. A ação, realizada em Ponta Porã, terminou com dois suspeitos mortos e um homem preso. Entre os alvos estava o criminoso conhecido como Branca de Neve, apontado como peça-chave dentro da estrutura da organização.
Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (17), a polícia confirmou que o homem de 46 anos era considerado um dos principais articuladores da célula. Foragido da Justiça paulista, acumulava mais de 40 passagens por crimes como roubo, tráfico de drogas, furtos qualificados e participação em organização criminosa. Ele também exercia a função de disciplinador da facção, figura responsável por determinar punições internas e coordenar ações externas ao sistema prisional.
Segundo a PM, Branca de Neve havia chegado a Mato Grosso do Sul apenas um dia antes do confronto e se preparava para deixar o país, o que reforça que tentava fugir da ordem de prisão expedida após sua condenação definitiva em São Paulo.
A operação foi planejada pelo Batalhão de Choque com base em informações enviadas pela polícia paulista. Os agentes localizaram o esconderijo do foragido em uma chácara estruturada em Ponta Porã, usada como ponto de apoio logístico pela facção. O local contava com diversas edificações, veículos e equipamentos, evidenciando o grau de organização do grupo.
As equipes cercaram a propriedade e iniciaram a aproximação. Ao notar a presença policial, Branca de Neve reagiu com uma pistola calibre 9mm e foi atingido pelos militares. Ele chegou a ser levado ao Hospital Regional de Ponta Porã, mas morreu após dar entrada na unidade.
Outro suspeito, de 48 anos, portando um revólver calibre .32, também atirou contra os policiais e acabou baleado. Assim como o comparsa, não resistiu aos ferimentos.
No imóvel, os policiais prenderam um terceiro homem, de 41 anos, acusado de prestar apoio para que o foragido permanecesse oculto na chácara e tentasse cruzar a fronteira. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Repressão a Crimes de Fronteira (DEFRON), em Dourados, onde presta depoimento.
A ação resultou ainda na apreensão das armas utilizadas pelos suspeitos e de R$ 13 mil, valor que, segundo a PM, seria proveniente das atividades ilícitas da célula criminosa. A perícia da Polícia Civil realizou os levantamentos no local, e a investigação segue para mapear toda a estrutura do grupo.
