Homens que mataram adolescentes são condenados a mais de 60 anos em Campo Grande

Redação – FOLHA MS

Homens que mataram adolescentes receberam penas superiores a 60 anos, e condenados terão de pagar indenizações às famílias

O 2º Tribunal do Júri de Campo Grande condenou três homens por envolvimento no homicídio por erro de duas crianças de 13 anos, e absolveu um dos réus. Aysla Carolina de Oliveira e Silas Ortiz Grizahay foram mortos no bairro Aero Rancho, e o julgamento ocorreu nesta quinta-feira, 6 de novembro de 2025.

As penas aplicadas somam, no total, mais de 60 anos de prisão entre os condenados. Nicollas Inácio Souza foi considerado culpado pelas duas mortes e pela tentativa de homicídio contra o alvo real do ataque, e teve penas que totalizam 43 anos e 20 dias, além de 25 dias-multa. Kleverton da Silva foi condenado a 14 anos de prisão pela tentativa de homicídio, e Rafael Mendes recebeu 11 anos por tentativa de homicídio e receptação. Os três terão de arcar com indenizações por danos morais, de R$ 15 mil às famílias de Aysla e Silas, e R$ 5 mil à vítima que sobreviveu aos disparos.

 

Como ocorreu o ataque e as vítimas

Segundo a investigação, os adolescentes estavam sentados em frente de casa quando a dupla em uma moto começou a atirar contra um homem que vendia drogas no local. Ao tentar escapar, o homem correu na direção das crianças e foi atingido, e os disparos acertaram Aysla e Silas. Aysla foi baleada no rosto, no pescoço e no braço, e Silas foi atingido no tórax. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência foi acionado, mas as duas vítimas não resistiram e morreram no local.

Responsabilidades atribuídas pela investigação

A polícia apontou que Nicollas Inácio Souza confessou que pilotava a moto e efetuou os disparos, usando uma pistola calibre 357. Perícias no celular de Nicollas teriam mostrado mensagens em que Kleverton Bibiano Apolinário da Silva orientava o comparsa a se livrar da arma e prometia auxílio para fuga e envio de dinheiro, o que o colocou na condição de mandante. Rafael Mendes negou participação direta, mas admitiu que a motocicleta usada no crime, furtada, esteve guardada em sua casa, e foi condenado também por receptação.

Um dos acusados, George Edilton Gomes, foi absolvido pelo júri. Já o julgamento de João Vitor Mendes, que teria atuado na garupa e sido responsável por disparos e por ocultar uma arma, foi adiado para dezembro de 2025 em razão de ausência do advogado por problemas de saúde.

Com informações G1/MS