Leonardo Cabral em 06 de Novembro de 2025
Divulgação/Polícia Civil
A 1ª Delegacia de Polícia de Corumbá prendeu cinco pessoas na noite de quarta-feira (5) após descobrir um esquema de furtos qualificados mediante fraude dentro de um supermercado localizado na região central da cidade.
A investigação teve início depois que o advogado do estabelecimento entregou às autoridades policiais imagens do circuito interno de segurança. Nas gravações, uma funcionária do setor de caixas aparece deixando de registrar parte das mercadorias adquiridas por determinados clientes. Ela simulava o lançamento dos produtos no sistema, permitindo que saíssem sem o pagamento integral.
Após a denúncia, equipes da Polícia Civil localizaram a funcionária e os demais envolvidos. Conforme a apuração preliminar, o grupo atuava de forma coordenada: a funcionária passava apenas parte das compras no caixa, enquanto clientes previamente combinados pagavam somente uma fração do valor. O restante era repassado “por fora” à operadora, principalmente por meio de transferências eletrônicas.
Os nomes dos acusados não foram divulgados pela Polícia Civil, que apenas confirmou que foram presos três mulheres e dois homens, com idades entre 28 e 67 anos. Além das imagens, comprovantes de pagamento e notas fiscais foram apreendidos e serão utilizados no andamento da investigação.
O boletim de ocorrência nº 4630/2025 ao qual o Diário Corumbaense teve acesso, relata que a operadora de caixa, de 28 anos, afirmou que a prática teve início em setembro de 2024 e recebia entre R$ 100 e R$ 150 dos acusados de envolvimento em cada ocasião, citando a dona de um karaokê; dono de um bar e proprietários de dois restaurantes.
Apenas em um flagrante, na quarta-feira (5), o representante do supermercado estimou prejuízo de R$ 6 mil e afirmou que ainda não é possível precisar há quanto tempo o esquema vinha ocorrendo.
O auto de prisão em flagrante foi lavrado por furto qualificado mediante fraude (art. 155, §4º, II, do Código Penal). Três dos detidos também responderão por associação criminosa (art. 288), devido à atuação conjunta e contínua.
A Polícia informou que parte das provas e informações está sob sigilo para não prejudicar as diligências ainda em andamento. Novos indiciamentos não estão descartados.
(matéria editada para acréscimo de informação)
