"Com temperatura alta e consumo alto, a conta vai chegar". O alerta é do coordenador comercial da Energisa, Jonas Ortiz, sobre a tarifa vermelha de energia elétrica. Em setembro, a conta passará a custar mais caro ao consumidor, sendo acrescidos R$ 7,82 a cada 100 quilowatts hora do consumo de energia.
Segundo o coordenador, a recomendação é para que o consumidor utilize a energia elétrica de forma consciente. "Não estamos falando para desligar o ar-condicionado. A temperatura está acima do normal e o consumo seguindo a mesma tendência", explicou Jonas.
Conforme o meteorologista do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), Vinicius Sperling, os próximos três meses serão de poucas chuvas, abaixo da média esperada. "Todas as regiões do Estado estão caracterizadas como seca", afirmou. A tendência de chuva deve seguir os 300 a 400 mm em boa parte do Estado.
Em agosto, 31 municípios tiveram chuva abaixo da média. A alta temperatura é um indicativo de que o tempo seco não vai ter trégua, afirmou o meteorologista. Segundo ele, de janeiro a agosto, Campo Grande teve a menor umidade do ar registrada em 11%.
A tarifa vermelha passou a ser aplicada desde o domingo (1°), em caráter emergencial, segundo a Aneel. Conforme a agência, a piora nas condições de geração de energia já estava sendo monitorada.
Em julho, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) pediu para que as termelétricas ficassem de prontidão e já havia sido percebida, com mais frequência, que havia redução da capacidade de atendimento de casas e estabelecimentos comerciais próximos às 18h.
Com o período de seca, e as baixas nos reservatórios de água, as termoelétricas são acionadas para atender a demanda do fornecimento de energia. Esse tipo de usina é considerada mais poluente e mais cara, por utilizarem de materiais finitos, como os fósseis.
Edição: Campo Grande News
Fonte: https://www.diarionline.com.br/?s=noticia&id=146776