Mais de 627.000 hectares já foram queimados pelos incêndios florestais no bioma Pantanal. Esses dados são de janeiro a junho deste ano, conforme o LASA – Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais/UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
O total de área queimada equivale a mais de três cidades de São Paulo. Ainda segundo o LASA/UFRJ, a área queimada em 2024 ultrapassou 2020, quando foram consumidos pelas chamas 261.850 hectares no mesmo período.
Ainda de acordo com os dados, as altas temperaturas e seca extrema provocaram elevado acumulo de material combustível em toda a região. Estima-se que 95% dos incêndios são de causas de ação humana.
Qualidade do ar deteriorada
A qualidade do ar na região está deteriorada, porém, não há medições devido à escassez de dados de estações.
Foto enviada ao Diário Corumbaense
Com foco de queimada ao fundo, boa parte da fumaça densa que encobria a área urbana de Corumbá, se dissipou hoje com chegada de frente fria; mas “trégua” é temporária, segundo previsões meteorológicasA fumaça dos incêndios florestais encobriu as cidades de Corumbá e Ladário nos últimos dias, mas a chegada de uma frente fria e temperatura mais amena, dissipou parte da densa fumaça sobre a área urbana nesta terça-feira (25), dando uma trégua aos moradores, mesmo que por pouco tempo, já que é quase nula a chance de chuva significativa cair antes de 1º julho, segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul).
O levantamento do LASA também informa que a poluição dos incêndios foi transportada para o Sul do Brasil durante todo o mês de junho, atingindo também o Paraguai, norte da Argentina e Uruguai, de acordo com o Lasa.
Previsões sazonais
No próximo trimestre, que corresponde de julho a setembro, esperam-se temperaturas acima da média e precipitação abaixo do normal. A probabilidade da área queimada exceder 2 milhões de hectares até o final de 2024 é superior a 80%.