Polícia da Bolívia entrega “Lino” à agentes da PF na fronteira com Corumbá

Diarionline

Laudelino Ferreira Vieira, o Lino, de 44 anos, foi entregue pela Polícia da Bolívia, no início da tarde desta quarta-feira, 25 de outubro, à equipe da Polícia Federal. Ele era foragido da Justiça brasileira, onde tem mais de 80 anos de condenação por vários crimes, em junho de 2021, quando conseguiu escapar do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima de Campo Grande

Um forte esquema de segurança foi montado na linha internacional entre as cidades bolivianas de Puerto Quijarro e Puerto Suárez com Corumbá, para a entrega de “Lino”. O brasileiro foi preso em Santa Cruz de la Sierra, que fica distante cerca de 650 km de Corumbá.

Antes de ser entregue, ele passou pelo setor de Imigração da Bolívia, que oficializou a expulsão do país vizinho. Em seguida, foi entregue aos agentes da Polícia Federal, que seguiram com ele até a sede do IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal) para exame de corpo de delito. Equipe da Polícia Militar também deu apoio ao comboio. O criminoso deve ser levado para Campo Grande. 

A prisão em Santa Cruz

Laudelino Vieira foi preso no início da noite de 23 de outubro, em uma área da urbanização Valle Sánchez, em Santa Cruz. No interrogatório, o brasileiro inicialmente tentou enganar os policiais, alegando que seu nome era Claudimar Ferreira, mas depois acabou confessando sua verdadeira identidade.

Morte de empresário em Corumbá

Laudelino surgiu como um dos mandantes do roubo de três aeronaves do Aeroclube de Aquidauana, ocorrido em setembro de 2021. Ele teve o nome citado em depoimento de um dos envolvidos na época.

É integrante de quadrilha que também roubou três aviões e matou o empresário Luís Fernandes de Carvalho em Corumbá, em 2004. Se somadas, suas condenações nos mais diversos crimes ultrapassam 80 anos de prisão.

Em 2015, ele foi condenado a 22 anos de prisão em regime fechado pela tentativa de assassinato de policiais rodoviários federais em julho de 2010, quando ele e um comparsa foram baleados após furar um bloqueio e disparar 10 tiros contra as equipes na BR-262, em Terenos. Eles tentavam trazer cocaína da Bolívia.

“Lino” ainda foi condenado por tentativa de homicídio, tráfico de drogas e uso de documentos falsos, em nome de Jairo dos Santos.

Cumpria pena na Máxima de Campo Grande quando fugiu durante o expediente de limpeza da unidade. Ele tinha autorização para trabalhar na faxina da escola localizada no interior do presídio, no dia 02 de junho. A suspeita é de que ele tenha se escondido em um dos carros de empresa terceirizada.