Paulo Victor Assumpção, de 36 anos, foi sepultado às 09h30 desta sexta-feira (22), no cemitério Santa Cruz, no centro de Corumbá. Em seguida, familiares e amigos foram para a frente da Primeira Delegacia de Polícia Civil, na rua Luiz Feitosa, para pedir Justiça.
Paulo foi assassinado na quinta-feira (21), atrás do Complexo Poliesportivo, em frente à antiga estação da NOB, durante confusão nas proximidades de um evento. Ele levou um tiro na cabeça e não resistiu ao ferimento. O atestado de óbito informa que houve traumatismo craniano encefálico aberto, conforme a família.
Muito abalada, a mãe da vítima, Rosália Pinto Assumpção de Souza, de 54 anos, contou ao Diário Corumbaense que espera que os responsáveis não fiquem impunes.
“Acabei de enterrar meu filho, saímos e viemos para cá, para pedir Justiça, para que a morte do meu filho não fique em vão. Meu filho era uma pessoa boa, exemplar, pai exemplar, mataram um pai de família. Era uma pessoa que corria atrás daquilo que ele queria, conseguiu tudo com esforço, agora chega um e acaba com a vida dele. Queremos uma resposta da Justiça”, disse Rosália.
Ela ainda lembrou que o filho era o esteio da família. “Paulo era uma pessoa alegre, nunca fez mal para ninguém, não tem passagem pela polícia, ele gostava de viver, era o que ele estava fazendo ali naquele momento, quando apareceu uma pessoa e acabou com a vida dele. Ele era o esteio da minha família, braço direito do meu marido”, completou Rosália.
Já a esposa, Julliany Joany da Silva Rodrigues, de 23 anos, que estava com Paulo na hora em que foi morto, afirmou que ele nada tinha a ver com a briga, apenas foi apaziguar a confusão.
“Teve uma discussão inicial, aí começaram a ‘aloitar’ perto da gente. Meu marido foi apartar e logo vieram pra cima de nós. Até onde eu vi, um foi bater nele e um dos amigos foi defender, aí ele saiu correndo, veio um cara bater nele com pau e quando vimos, tinham dois homens em cima dele e duas mulheres vieram pra cima de mim, com pau também. Percebi que ele estava ficando tonto e saímos correndo, quando o disparo foi feito e o acertou”, contou Julliany.
O homicídio
Vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que há o disparo de arma de fogo em direção a Paulo. Antes do tiro, ele e a esposa aparecem correndo onde a confusão acontecia. Depois que um caminhão passa, o disparo é feito e acerta Paulo na região da cabeça.
Pessoas que fizeram a filmagem narram a cena: “acho que esse cara pegou arma…”, se referindo ao homem que fez o disparo. “Pegou arma, olha lá está com a arma na mão…”, segundos depois, o disparo é feito e eles encerram o vídeo falando: “atirou…”.
O delegado do Cartório de Homicídios, Jean Castro, informou ao Diário Corumbaense, que a Polícia Civil já tem as qualificações dos envolvidos e a investigação prossegue.