Rosana Nunes em 02 de Janeiro de 2023
Reprodução/Redes Sociais
Reginaldo é foragido da Justiça desde 2019
O homem acusado de matar a mulher, Naiade Aparecida Gutterres Weidas, de 35 anos, no final da tarde de sábado (31), usa nome falso e tem mandado de prisão expedido pela Justiça por tráfico de drogas. O crime foi na casa do casal, na Alameda Rita de Cássia Santana, parte alta de Corumbá.
Familiares de Naiade informaram à Polícia Civil que o homem usava os nomes de Reginaldo Marques Junior, SD, Felipe, Pablo e Sadinho. A identidade verdadeira dele é Reginaldo Mera Rodrigues, de 37 anos, natural de Goiânia/Goiás.
Ainda de acordo com a família da vítima, em outubro de 2022, Naiade recebeu um “dossiê” sobre o companheiro, com quem morava havia poucos meses, mas ainda assim manteve o relacionamento.
O mandado de prisão por tráfico de drogas, foi expedido no dia 15 de fevereiro de 2019 pela Justiça de Campo Grande. Reginaldo evadiu do regime semiaberto e teve decretada a volta para o sistema fechado. Ele continua foragido. Já o carro que dirigiu após o crime, um Ônix, de cor branca, de propriedade de Naiade, foi encontrado no domingo (1º) na Alameda Alexandre de Castro, na região do Guaicurus.
O corpo de Naiade Weidas está sendo velado na Capela Cristo Rei, na rua Major Gama esquina com a 13 de Junho. O sepultamento será às 16h. Naiade era funcionária do Centro de Convivência dos Idosos, mantido pela Prefeitura, e deixa uma filha que vai completar 15 anos neste mês.
O crime
O Diário Corumbaense teve acesso ao boletim de ocorrência 5729/2022, que relata que Naiade foi deixada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) por um homem que estava em um Ônix, de cor branca. Testemunha disse que o veículo chegou pelo acesso de emergência (fundos da UPA), e que ao chegar, o motorista abriu a porta rapidamente e praticamente jogou a vítima no chão, dizendo que era para atendê-la, que precisava de cuidados médicos. Em seguida, o homem foi embora.
Naiade morava com o acusado havia poucos meses
Encaminhada para atendimento, Naiade tinha perfuração no tórax e nas costas, e não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Militar foi chamada e informada que um homem, que prestava serviço de instalação de ar-condicionado na casa da vítima, presenciou o fato. Ele contou que ouviu Naiade questionar Reginaldo a respeito de uma mulher. Depois, ouviu disparo de arma de fogo.
Ele procurou saber o que havia acontecido quando viu o homem, muito nervoso, pegando o carro e estacionando na entrada da casa. Naiade estava caída no chão, sangrando, e ele ajudou o acusado a colocá-la no veículo. A testemunha ouviu do suspeito: “cara, fiz merda… estou f… não era pra ter atirado.”
Em seguida, Reginaldo saiu levando a vítima. Temendo que ele voltasse e fizesse algo, a testemunha deixou a residência levando somente uma mochila de ferramentas, deixando outros materiais no imóvel.
Informações sobre o paradeiro do acusado podem ser repassadas à Polícia Militar pelo 190.