PorWeber Reis
O Banco Central (BC) decidiu, por unanimidade, manter a Taxa Selic em 15% ao ano, durante reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada nesta quarta-feira (10). Essa é a quarta vez consecutiva que os juros básicos da economia permanecem nesse patamar, o mais alto desde julho de 2006, quando estavam em 15,25%.
Contexto da decisão
- A Selic havia caído para 10,5% em maio de 2024, mas voltou a subir em setembro do mesmo ano.
- Desde junho de 2025, está fixada em 15% ao ano.
- A decisão reflete o equilíbrio entre inflação em queda e desaceleração da economia.
Inflação
- Em novembro, o IPCA foi de 0,18%, menor resultado para o mês desde 2018.
- O acumulado em 12 meses ficou em 4,46%, dentro do teto da meta contínua (4,5%).
- A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com tolerância de 1,5 p.p. para cima ou para baixo.
Projeções
- BC: previsão de inflação em 2025 revisada para 4,8% no último Relatório de Política Monetária.
- Mercado: boletim Focus estima 4,4% para o IPCA ao fim de 2025.
- PIB: BC reduziu projeção de crescimento de 2,1% para 2%; mercado prevê 2,25%.
Impactos da Selic alta
- Controle da inflação: juros elevados encarecem crédito, reduzem consumo e investimentos, e estimulam poupança.
- Custo econômico: crescimento mais lento e crédito caro para famílias e empresas.
- Referência: a Selic é usada nas negociações de títulos públicos e influencia todas as demais taxas da economia.
