Mulher é assassinada e filho é preso no 2º feminicídio da mesma noite em MS

Campo Grande News em 05 de Novembro de 2025

Costa Leste News

Maria Aparecida do Nascimento Gonçalves, de 43 anos, foi morta com um golpe de faca no pescoço, na noite de terça-feira (4), na cidade de Aparecida do Taboado, distante cerca de 458 km de Campo Grande. O filho é suspeito de cometer o crime e foi preso. Na mesma noite, na cidade de Jardim, Aline Silva, de 26 anos, também foi morta a facadas pelo ex, que não aceitava o fim do relacionamento.

O crime em Aparecida aconteceu no Jardim Redentora. A história contada para a polícia era confusa e relatada por dois homens, o filho de Maria, identificado como Gabriel Gonçalves Ferreira, de 18 anos, e um amigo dele que morava na casa da vítima, Carlos Henrique Dantas, de 20.

Foram eles que acionaram a Polícia Militar, segundo o delegado André Eduardo Peres Stafusa. Carlos contou que um homem de cor parda, trajando calça jeans, tênis branco, sem camiseta e com uma camiseta vermelha enrolada na cabeça, chegou à residência portando uma faca e perguntando pela dona da casa. Na versão de Carlos, no momento em que a vítima saiu para verificar o que estava acontecendo, foi atingida por um golpe de faca no pescoço.

Quando a PM chegou para atender a ocorrência, encontrou os dois rapazes na calçada e os bombeiros já estavam no imóvel, onde constataram a morte da vítima. Durante a perícia, foi encontrada uma camiseta azul com vestígios de sangue no quarto onde os dois rapazes dormiam. Já a faca utilizada no crime foi localizada sob o banco de uma motocicleta que estava na varanda do imóvel. Os itens foram recolhidos e encaminhados para a perícia.

O filho e o amigo acabaram presos suspeitos de feminicídio. Apesar de haver indícios de que eles praticaram o crime, ambos negam. A polícia trabalha agora para entender o que antecedeu a morte de Maria. Os presos não tinham passagens pela polícia.

Com a morte de Maria Aparecida, já é o 34º feminicídio registrado em Mato Grosso do Sul somente em 2025. Os dados são alarmantes e mostram que, no mesmo período, 18,2 mil mulheres foram vítimas de violência doméstica no Estado.