Polícia da Bolívia prende homem com mais de 6 mil arquivos de abuso infantil

Leonardo Cabral em 10 de Julho de 2025

Reprodução/Jornal El Deber

 Eduardo E. G., de 38 anos, foi preso em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, acusado de liderar uma rede de exploração sexual infantil. As autoridades apreenderam mais de 6 mil arquivos com conteúdo sexual explícito envolvendo menores de idade.

A prisão ocorreu durante uma operação conduzida pelo Ministério Público boliviano, que encontrou na residência do suspeito diversos dispositivos eletrônicos e materiais comprometedores, como roupas íntimas infantis. Os conteúdos, segundo a promotoria, estavam armazenados em plataformas digitais, redes sociais e serviços de nuvem.

“Conseguimos identificar a participação plena e absoluta do indivíduo na prática de crimes de abuso e exploração sexual infantil, com mais de 6.000 arquivos apreendidos, tornando este o maior caso de pedofilia registrado no país”, declarou o promotor departamental Alberto Zeballos.

Eduardo foi indiciado por abuso sexual e pornografia agravada. O Ministério Público solicitou sua prisão preventiva, alegando risco processual diante da gravidade das provas coletadas.

Suspeita de rede nacional

As investigações indicam que o acusado pode integrar uma rede mais ampla de exploração sexual infantil, com possíveis ramificações em outras regiões da Bolívia. A hipótese é reforçada pelos elementos encontrados e pelo modo de operação digital do suspeito.

Reprodução/Jornal El Deber

Homem foi indiciado por abuso sexual e pornografia agravada

“Esse indivíduo atuava em ambientes digitais, como redes sociais, plataformas em nuvem e até compartilhava conteúdo em canais de TV aberta”, explicou Zeballos.

A análise forense dos dispositivos apreendidos continua e pode levar à identificação de vítimas e outros envolvidos na rede. Novas prisões não estão descartadas.

Projeto de lei em debate

Diante da gravidade do caso, o procurador Zeballos fez um apelo à Assembleia Legislativa Plurinacional para aprovar, com urgência, o projeto de lei que trata da proteção da integridade sexual em ambientes digitais. A proposta, elaborada pela Procuradoria-Geral do Estado, visa tipificar os crimes de abuso sexual cometidos por meios digitais e fortalecer os mecanismos de prevenção e punição.

“Este caso demonstra a urgência de uma regulamentação moderna que proteja nossas crianças deste tipo de crime digital cada vez mais frequente e sofisticado”, afirmou o promotor.

Enquanto o processo avança, o Ministério Público reafirmou o compromisso de seguir com a investigação para identificar todas as vítimas e responsabilizar eventuais cúmplices.

Com informações do jornal El Deber.