Estação Primeira faz viagem aos carnavais eternizados na memória dos foliões corumbaenses

A Estação Primeira do Pantanal levou o público a uma verdadeira jornada no tempo, revivendo os carnavais que marcaram época em Corumbá. Com o enredo “Recordar é Viver”, a escola foi a segunda a cruzar a Avenida General Rondon na noite de segunda-feira (03), trazendo a magia das antigas folias.

O Enredo: Memórias Que Brilham no Carnaval

Inspirada nas recordações de três amigos que se fantasiavam de arlequim, pierrô e colombina, a agremiação celebrou os grandes momentos do carnaval corumbaense. A narrativa passou por sambas-enredos inesquecíveis, personagens icônicos e músicas que ficaram eternizadas na história da cidade.

Abertura Triunfal: Guardiões das Memórias

Abrindo o desfile, a comissão de frente trouxe os Guardiões das Memórias, com dez integrantes que personificaram os emblemáticos arlequim, pierrô, colombina e o Rei Momo. Um tripê em formato de álbum de fotografias simbolizou a abertura do baú de recordações carnavalescas, anunciando o início da grande festa.

O Brilho das Alas e Alegorias

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, com muita elegância, representou a Folia de Momo. Atrás deles, uma ala vibrante destacou a chegada do carnaval ao Pantanal, trazido pelos marinheiros ainda no século XX, com a implantação do 6° Distrito Naval em Ladário.

As tradicionais baianas encarnaram a alegria das Pastorinhas, figuras clássicas do carnaval corumbaense. Os bailes carnavalescos realizados em clubes tradicionais da cidade, como Corumbaense Futebol Clube, Grêmio e Riachuelo, foram lembrados por meio de confetes, serpentinas e muito brilho.

O Carro Abre-Alas: Um Retrato dos Velhos Carnavais

A nostalgia tomou conta do carro abre-alas, decorado com tons de vermelho, azul e xadrez, destacando o nome da agremiação. Elementos clássicos do carnaval, como Pierrô, Arlequim e Colombina, deram vida à cenografia, trazendo o glamour das folias do passado.

Blocos icônicos também marcaram presença no desfile, incluindo o irreverente Cibalena, com seu famoso verbo “cibalenar”, que arrasta multidões nas sextas-feiras de carnaval. O bloco de sujos Chupeta, o bloco oficial Nção Zumbi e os Cordões Carnavalescos também tiveram espaço na homenagem.

Influência Boliviana e a Batida Contagiante da Bateria

Como não poderia faltar, a cultura boliviana foi representada em uma das alas, ressaltando a forte ligação entre Corumbá e o país vizinho na celebração do carnaval.

A bateria, composta por 60 ritmistas, deu o tom da festa, embalando os foliões com sua energia contagiante. Liderada pelo mestre Daniel Luis, ela foi acompanhada pela rainha da bateria, que demonstrou muito samba no pé e garra na passarela.

O Grandioso Encerramento

O desfile foi coroado com o quarto carro alegórico, representando o sonho realizado: a criação da Estação Primeira do Pantanal. Nas cores da bandeira da escola, a alegoria simbolizou a concretização desse legado carnavalesco, encerrando a apresentação com chave de ouro.

A Estação Primeira mais uma vez encantou o público, reavivando as memórias de carnavais inesquecíveis e celebrando a paixão que move o coração dos foliões corumbaenses.

Fonte: https://www.diarionline.com.br/index.php?s=noticia&id=149655