Na volta de Marta, o Brasil ampliou seu jejum contra os Estados Unidos em finais olímpicas, perdeu por 1 a 0 no Parque dos Príncipes, levou a prata e adiou mais uma vez o sonho de uma inédita medalha de ouro. De volta a uma final após 16 anos, a seleção brasileira sofreu com um segundo tempo ruim e ficou com a terceira prata de sua história.
Do outro lado, as norte-americanas chegaram ao pentacampeonato olímpico — três deles sobre a seleção verde-amarela — com gol de Swanson no início do segundo tempo.
O Brasil iniciou o jogo melhor, teve um gol anulado, mas viu as norte-americanas encurralarem no segundo tempo. A seleção de Arthur Elias desperdiçou chances no primeiro tempo e voltou desorganizada para a etapa final. Os EUA, por outro lado, passaram a controlar o jogo, aproveitaram e chegaram ao gol.
Marta iniciou o jogo no banco de reservas e entrou após o gol dos EUA. De volta à seleção brasileira após dois jogos de suspensão, a camisa 10 acompanhou de longe o início da "revanche", sendo chamada por Arthur Elias aos 19 minutos do segundo tempo.
O Brasil foi para o tudo ou nada, mas não balançou a rede e amargou o terceiro vice. A seleção brasileira foi prata nos Jogos de Atenas 2004 e Pequim 2008.
A camisa 10, mais uma vez, termina sem o topo do pódio. Marta era a única remanescente dos elencos de 2004 e 2008 e anunciou no início do ano que esta deve ser a sua última temporada pela seleção brasileira.
Prata da esperança
Quem quiser ver o copo meio vazio dirá que foi a quarta derrota em quatro finais. Mas a seleção brasileira feminina de futebol dá muito mais motivos para olhar o copo meio cheio. A medalha de prata em Paris não carrega o peso de um fracasso. Pelo contrário, ela reluz com o brilho de um time que aprendeu a ganhar.
O pódio consagra um time em reconstrução, que, em seu primeiro grande torneio, derrubou gigantes pelo caminho, superou a ausência de sua principal jogadora, deu esperanças a uma torcida que esperou anos para voltar a sorrir.
No futuro, esta seleção será lembrada como um time que aprendeu a vencer: superou França pela primeira vez; ganhou com autoridade da Espanha, a campeã mundial; bateu de frente com os Estados Unidos na decisão e só não venceu porque a goleira adversária fez dois milagres.
Para além dos resultados, a seleção mostrou que existe um caminho. A prata de Paris marca o fim da carreira de Marta em Olimpíadas, mas faz olhar mais para o futuro que para o passado.
Ela é o início de um caminho. É a prata da esperança.
Alexandre Loureiro/COBMedalha no futebol feminino mostra que há caminho vencedor mesmo sem Marta
Alexandre Loureiro/COB
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Edição: UOL Esportes
Fonte: https://www.diarionline.com.br/?s=noticia&id=146394