O general de brigada Alerrandro Leal Farias, comandante da 18ª Brigada de Infantaria de Pantanal, apresentou à imprensa de Corumbá, nesta terça-feira (25), as ações realizadas pelo Exército Brasileiro na região. Balanço da Operação Ágata Fronteira Oeste II, obras do projeto João de Barro Corumbaense e a construção da nova sede da 18ª Brigada de Infantaria de Pantanal, com investimento de R$ 91 milhões, estiveram na pauta.
Como já informado pelo Diário Corumbaense, por um período de aproximadamente sete meses, o Exército realizou ações de prevenção e repressão de delitos na faixa de fronteira por meio da Operação Ágata Oeste II. Nas fronteiras de Corumbá com a Bolívia e Porto Murtinho com o Paraguai, foram apreendidos mais de 930 kg de drogas, causando prejuízo estimado de R$ 17 milhões ao crime organizado.
A droga mais apreendida pelas tropas do Exército, foi a cocaína. Foram quase 400 kg do entorpecente, chegando a um total de 391,482 kg. Depois vêm a pasta base, com 234,297 kg; o skunk (supermaconha), 161,742 kg; maconha contabilizou 142,724 kg e o haxixe 0,880 kg.
Além das drogas, a operação apreendeu sete armas; seis embarcações e 87 munições. Sete veículos foram recuperados, a maioria seria levada para a Bolívia, como moeda de troca para o tráfico de drogas.
17.834 veículos foram inspecionados e 1.558 ações executadas. Somente em Corumbá, foram 539 missões de pontos de bloqueios de controle de estradas e 381 missões de pontos de bloqueios de controle fluvial.
Nova sede
Prevista, inicialmente para ter início no primeiro semestre de 2023, a construção da nova sede da 18ª Brigada de Infantaria de Pantanal, localizada no bairro Guatós, parte alta do município, será em uma área que corresponde a 200 mil metros quadrados, 10 vezes maior que a atual sede, localizada na avenida General Rondon, centro da cidade. A obra teve início e o Exército irá lançar diversas licitações para execução do projeto, que tem prazo previsto de quatro anos para conclusão.
Diário Corumbaense
Preparação da área que receberá toda a estrutura da 18ª Brigada“Serão investidos R$ 91 milhões na construção da nova sede, que vai melhorar as condições de monitoramento e sensoriamento na fronteira oeste em particular. Haverá melhores condições para as tropas abrigadas em Corumbá e para receber reforços em situações extraordinárias. Ela (a obra) será feita em etapas. Vão ser diversas licitações, os empresários locais e a iniciativa privada poderão participar, concorrendo com outras empresas, que irão construir as edificações. A conclusão em quatro anos vai depender do fluxo contínuo de recursos financeiros ao longo do prazo. Além disso, vai aumentar a sensação de segurança na região”, explicou o comandante Alerrandro Leal Farias.
Ele ainda frisou que do total do custo da obra, R$ 31,7 milhões serão para a parte da infraestrutura da nova sede e o restante, R$ 59,4 milhões, para as edificações. A obra será realizada, conforme cronograma, em quatro fases, permitindo a implantação do SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) que vai ampliar as ações integradas com os órgãos públicos de segurança no combate aos delitos transfronteiriços.
João de Barros Corumbaense
Está em execução o projeto João de Barros Corumbaense, que é um esforço conjunto dos militares que lidam com obras de engenharia civil dentro dos quarteis para a melhoria do patrimônio da união jurisdicionado ao Exército Brasileiro.
Conforme o comandante da 18ª Brigada de Infantaria de Pantanal, a ação é para que esse patrimônio seja preservado e tenha prédios em condições de serem ocupados e trabalhados.
“Encontramos conceito em Campo Grande e como consequência estamos trabalhando na qualificação de jovens, melhorando a capacidade de trabalho, na habilidade como bombeiro hidráulico, pedreiro, pedreiro de azulejista, eletricista predial, uma grande gama de especialidades que permitirá que esses jovens que estiverem conosco nos ajudem a manter esse patrimônio e quando derem baixa, que possam voltar à sociedade melhor preparado e se encaixar na sociedade civil com mão de obra qualificada”, falou o general Alerrandro, que pontuou que boa parte dos jovens tem idade entre 19 e 20 anos e são militares do Exército.
Projeto João de Barros Corumbaense está em execução em Porto ÍndioOs trabalhos já tiveram início no Pelotão Especial de Fronteira de Porto Índio, localizado na ilha de Ínsua, a aproximadamente 300 km de Corumbá, no extremo Noroeste do estado, cercada pela Serra do Amolar. O local tem acesso apenas pelo ar ou pelo rio.
Foi também apresentada a aquisição de embarcações, a FB Gigante Pantaneiro– 17º BFron e a FB Simeão Fernandes – 2ª Cia de Fronteira Porto Murtinho, que irão transportar cargas, viaturas e tropas, com capacidade de carga: até 159,62 t (rampa + porões de carga); transporte pessoal, até 68 militares (camarotes + salão de transporte); potência instalada e estação de tratamento de água com capacidade de 2000 l/h.
As embarcações estão em processo final de execução nos atracadores do Exército, com custo de R$ 10 milhões.
Organizações militares
A 18ª Brigada no Mato Grosso do Sul está presente nas cidades de Corumbá, com o 17º Batalhão de Fronteira, Pelotões de Porto Índio e Forte Coimbra, além da Base de Apoio no Porto Morrinho; em Coxim com o 47º Batalhão de Fronteira, e em Porto Murtinho com o 2º Batalhão de Fronteira, Pelotão de Barranco Branco e Destacamento de Ingazeira.