A Marinha do Brasil, por meio do 6° Distrito Naval, intensificou o apoio às ações de combate aos incêndios florestais no Pantanal. Houve aumento no número de militares, dando apoio ao Corpo de Bombeiros e brigadistas do Prevfogo do Ibama, para conter as chamas, principalmente em áreas de difícil acesso.
O efetivo foi ampliado para 250 militares, sendo 150 fuzileiros navais, que também contam com um navio-patrulha e uma aeronave esquilo (UH-12). Além disso, quatro embarcações e cinco viaturas para o transporte de equipamentos, devem ajudar a potencializar as ações da força-tarefa para conter a propagação do fogo. Os militares ainda realizam vigilância e reconhecimento de locais.
Divulgação/Marinha do Brasil
Embarcações também dão apoio para conter avanço das chamasNa área de adestramento do Rabicho, bombeiros, fuzileiros navais e proprietários de fazendas trabalham juntos para controlar a frente de fogo vinda do Paraguai Mirim.
Na região conhecida como Formigueiro, à margem direita do rio Paraguai, também foram realizadas ações de combate ao fogo.
Combate noturno
Na noite de quinta-feira (20), duas equipes do Corpo de Bombeiros fizeram o enfrentamento próximo à ponte do rio Paraguai, em Corumbá, com uso de trator, motobomba e sopradores, e conseguiram exterminar o foco.
Em seguida, eles fizeram o trajeto de volta realizando o trabalho de rescaldo para evitar a reignição, inclusive destruindo cupinzeiros que mantêm as chamas dentro de si por várias horas. Essa destruição é uma característica importante do combate aos incêndios no bioma para que o fogo não volte.
Diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, a tenente-coronel Tatiane Inoue explicou que o combate noturno no local que é de altas temperaturas tem diversas vantagens: os militares conseguem visualizar melhor os incêndios; o clima mais ameno e a umidade maior facilitam o trabalho dos militares, que param menos para se reidratar; as labaredas diminuem; e os combatentes conseguem avançar mais em menos tempo.
Frentes de trabalho
Além deste ano registrar índices pluviométricos muito baixos, a intensidade do vento prejudica o trabalho do pessoal em terra e a fumaça dificulta o sobrevoo das aeronaves.
As equipes estão divididas em várias frentes. Na região do Abobral, a Guarnição de Combate a Incêndio Florestal (GCIF), composta por 13 militares, combate fogo detectado pelo Sistema de Comando de Incidentes (SCI) de Campo Grande. As chamas estão próximas à Curva do Leque e Porto da Manga.
Na região de Porto Murtinho, militares atuam no combate a outro incêndio, também detectado pelo SCI. O fogo está próximo à região do Barranco Branco e da base avançada de Porto Murtinho. Duas frentes de combate atuam com o Exército Brasileiro.
Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar
Bombeiros combatendo fogo na noite de quinta-feira em CorumbáNa Nhecolândia, em Corumbá, outra guarnição do Corpo de Bombeiros com 8 militares combate incêndio florestal. Já na região do Forte Coimbra, combatentes monitoram foco de calor, detectado pelo SCI.
Nesta sexta-feira (21), uma equipe se deslocou de barco para Maracangalha, distante uma hora e meia de Corumbá, para combater outro foco.
São utilizados quatro caminhões de combate a incêndio, três caminhonetes equipadas com kit pick-up, mochilas costais, sopradores e equipamentos de proteção individual.
Com informações do Comando do 6º Distrito Naval e Corpo de Bombeiros Militar.