Brasileiro apontado como líder do PCC é preso na Bolívia e entregue à PF em Corumbá

O brasileiro Luiz Fernando Soares de Souza, apontado como um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi entregue aos agentes da Polícia Federal, no final da manhã desta quarta-feira, 19 de junho. Ele foi preso pela Polícia Boliviana, na terça-feira (18), na cidade de Santa Cruz de la Sierra, que fica a aproximadamente 650 km da fronteira com Corumbá.

A prisão ocorreu na área da Equipetrol, uma das localidades mais nobres de Santa Cruz. Após audiência cautelar, foi decidida a expulsão do país. Foi montado um forte esquema de segurança, inclusive helicóptero, para a entrega do brasileiro aos policiais federais, na ponte que delimita a  linha internacional entre os dois países.

Conforme a Polícia da Bolívia, Luiz Fernando responderá à Justiça do Brasil por mais de 20 processos.

O vice-ministro do Interior e da Polícia, Jhonny Aguilera, informou que uma das políticas adotadas na Bolívia é que qualquer criminoso estrangeiro que for capturado seja expulso e entregue às autoridades. “Antecipando-se a pessoas que pretendem se esconder no país e cometer crimes, há poucos minutos uma aeronave transportou este sujeito brasileiro que tem contra si uma multiplicidade de crimes”, disse Aguilera em coletiva de imprensa.

Que atividades realizou o líder do PCC capturado em Santa Cruz?

O brasileiro é apontado como um dos líderes da facção criminosa PCC. Foi preso por grupo de Inteligência Policial e usava identidade falsa com o nome de David Araújo da Silva.

Luiz se utilizou do direito legal de permanecer calado, por isso, as investigações em Santa Cruz continuarão para apurar quais eram as atividades comandadas por ele e a origem dos bens que adquiriu no país. A Polícia já apurou que ele estaria morando na Bolívia há um ano. 

O comandante departamental da Polícia de Santa Cruz, coronel Erick Holguín, indicou que Luiz Fernando tem três condenações no Brasil e escapou de uma prisão. É investigado por homicídio, tráfico de drogas e outros ilícitos.

Com informações do jornal El Deber.