A Polícia Civil prendeu em Campo Grande, Elionai Martins Silva, um dos acusados da morte do servidor estadual, Reginaldo Souza Gomes, de 45 anos, cujo corpo foi encontrado no dia 03 de maio em estado de decomposição, na casa da vítima.
A prisão foi confirmada pelo delegado, Jean Castro, titular do Cartório de Homicídios da 1ª Delegacia de Polícia de Corumbá, responsável pelo caso, que está na Capital e ouviu o acusado. A prisão foi feita na avenida Afonso Pena, Centro da Capital, com o apoio de equipe da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras)
“Prendemos um dos autores sim, ele tem 18 anos, disse que tinha um relacionamento com a vítima e confessou o crime. Também relatou que furtou os bens da casa do Reginaldo e que houve participação de outro indivíduo”, disse o delegado ao Diário Corumbaense.
Ainda segundo a autoridade policial, a dupla já se conhecia. “Eles eram amigos e tinham a intenção de subtrair os bens de Reginaldo, mas temendo que ele poderia ir atrás, acabaram tirando a vida dele”, completou.
Logo após a morte de Reginaldo, foi constatado o sumiço de alguns pertences, três televisões, uma delas recuperada e que foi vendida pelo autor confesso a um homem de 25 anos e recuperada pelo Polícia Civil no dia 08 de maio.
Também foi recuperada a motocicleta Yamaha Factor, de cor vermelha, pertencente a Reginaldo. O motorizado foi abandonado no Porto Geral de Corumbá, um dia depois que o corpo foi encontrado.
O caso
Reginaldo Souza Gomes, de 45 anos, trabalhava na Unidade Educacional de Internação (Unei) Pantanal e foi a falta no trabalho que levou a Polícia até a residência onde morava. Ele não apareceu na sexta-feira (03), despertando preocupação de colegas.
Dois deles foram até a casa de Reginaldo, que morava sozinho, e sentiram forte cheiro vindo da residência. Vizinhos disseram que não viam o morador desde quarta-feira (01).
Guarnição da PM abriu o portão da casa e chegou próximo ao quarto de onde exalava o forte odor, e viram Reginaldo caído no chão.
Os vizinhos ainda contaram que dois cães, que estavam na casa, eram bravos e alguém desconhecido, dificilmente conseguiria entrar na casa sem causar barulho. Não havia sinais de arrombamento no imóvel.
A perícia feita no corpo não encontrou marcas de tiro ou facada e por isso, a princípio, a causa da morte poderia ter sido natural. Mas, devido às circunstâncias, a Polícia Civil não descartou a possibilidade de latrocínio, o que agora se confirmou.
“O corpo já estava em avançado estado de decomposição, não foi possível identificar marcas aparentes no pescoço, uma vez que o autor confessou que o crime foi cometido no dia 30 de abril e somente no dia 03 de maio, o corpo foi encontrado. Ele morreu por estrangulamento (mata-leão)”, afirmou o delegado Jean Castro.
As investigações prosseguem para localizar o outro suspeito de envolvimento no latrocínio. Há mandado de prisão expedido contra ele.