Fluminense x Boca: presidente da CBF diz que final terá público, mas pede ajuda aos torcedores

Ednaldo Rodrigues afirma que, neste momento, os torcedores estão liberados para estar no Maracanã. No entanto, decisão só será mantida em caso de paz

Por Bruno Murito, Marcello Neves e Martín Fernandez — Rio de Janeiro

Após a Conmebol convocar dirigentes da CBF, da AFA, do Fluminense e do Boca Juniors para uma reunião com objetivo de evitar que a violência que tomou conta da praia de Copacabana se repita, o presidente Ednaldo Rodrigues se manifestou. Ele confirmou que, neste momento, a final da Libertadores terá público, mas pediu ajuda aos torcedores. Caso “a paz não seja mantida”, há possibilidade de que a decisão ocorra com portões fechados.

Foi uma reunião para pregar paz. Futebol é alegria. Aqueles que estão sem esse propósito é melhor não ir para o jogo. Assista pela TV. Vamos com os espíritos desarmados de qualquer tipo de violência e que possa conviver bem as duas torcidas. Tanto o presidente do Fluminense quanto do Boca Juniors, quanto da AFA e da Conmebol, pregam paz. A CBF também quer paz nos estádios — afirmou Ednaldo, que respondeu sobre a possibilidade de jogar a final da Libertadores com portões fechados.

A Conmebol quer evitar ser obrigada a tomar medidas mais drásticas, como fazer uma final sem público. Isso traria enorme prejuízo aos envolvidos e mancharia a imagem do torneio. A decisão entre Fluminense e Boca será transmitida para mais de 150 países e receberá o presidente da Fifa, Gianni Infantino, e o presidente da Uefa, Aleksander Čeferin.

A reunião não contou com a presença de autoridades. A Conmebol quer envolver os clubes e as respectivas confederações nesse pedido pelo fim da violência entre os torcedores. O presidente da entidade, Alejandro Domínguez, está em contato constante com o Governador do Rio, Claudio Castro, e o Ministro da Justiça, Flavio Dino.

Torcedor do Boca Juniors é detido na praia de Copacabana por jogar garrafas na polícia — Foto: Fred Gomes/ge

Torcedor do Boca Juniors é detido na praia de Copacabana por jogar garrafas na polícia — Foto: Fred Gomes/ge

ge apurou que o Fluminense entende que os problemas de segurança pública não são de responsabilidade do clube. Também que o clube informou à Conmebol sobre o risco da confusão há dez dias.

Existe por parte de dirigentes do Boca Juniors uma insatisfação com a segurança dos seus torcedores no Rio de Janeiro e o comportamento da polícia com eles, que não estariam sendo protegidos. Nesta sexta-feira, haverá um bandeiraço dos torcedores argentinos na praia de Copacabana.

O elenco de ambos os clubes estarão à tarde no Maracanã para reconhecimento do gramado antes da decisão. Haverá coletiva de ambos os treinadores e capitães das equipes.

Fluminense e Boca Juniors disputam a final da Libertadores neste sábado, às 17h, no Maracanã. Se houver empate, há disputa da prorrogação. A persistir a igualdade, a partida irá pra os pênaltis.