ASCOM/ACERT
Na audiência, os representantes da ACERT (Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo) fizeram uma explanação ao governador sobre o crescimento da pesca esportiva em Corumbá, principal destino desse esporte, e o comprometimento com a sustentabilidade do Pantanal e a mudança de postura do trade turístico e dos pescadores esportivos, ao longo dos anos, que resultou na adesão quase unânime dos turistas na prática do pesque e solte no Rio Paraguai.
Gerando cerca de mil empregos, as empresas associadas à ACERT injetam mais de R$ 40 milhões anuais na economia de Corumbá, somente em folha de pagamento, sem contar o giro financeiro em toda a cadeia do turismo. Ao apresentar em números a força da pesca esportiva em Corumbá ao Governador Eduardo Riedel, os empresários reafirmaram que a fundação da ACERT, em 1985, “foi um divisor de águas na luta pela preservação dos recursos pesqueiros no Pantanal”.
Na oportunidade, o presidente da entidade, Luiz Antônio Martins, e o empresário associado Ademilson Esquivel também reivindicaram ao governador a restauração da rodovia BR-262, no trecho entre Miranda e Corumbá, e a captação de mais voos para a Capital do Pantanal conectando-a com Campo Grande e os principais destinos emissores de turistas.
Também reivindicaram, ao Governador, o transporte zero (proibição da captura, comercialização e transporte de peixes dos rios do Pantanal de Mato Grosso do Sul) para a pescador esportivo – o turista, visando a proteção do estoque pesqueiro e a sustentabilidade do meio ambiente.
Durante a explanação dos empresários ficou muito claro que não há o interesse da ACERT que a regra se estenda aos ribeirinhos e muito menos aos pescadores profissionais.
Moratória do dourado
Em defesa do pesque e solte e, consequentemente, do transporte zero de pescado somente para os pescadores esportivos, os representantes da entidade relataram ao governador que o Pantanal de Corumbá foi a porta de entrada para a estruturação do turismo de pesca em Mato Grosso do Sul. Com a liderança da ACERT, os movimentos em favor da redução das cotas de pesca amadora mudaram conceitos e o posicionamento dos empresários do setor e do pescador esportivo em relação a proteção do estoque pesqueiro.
Com a união do trade turístico, a cota de pesca caiu de 30 quilos e mais um exemplar, em 1995, para apenas um exemplar e cinco piranhas, em 2019. “Hoje, independente da lei vigente, os contratos firmados pelos associados da ACERT, em sua maioria, são somente para a prática do peste e solte, para qualquer espécie de peixes”, disse Luiz Antônio Martins. “Outra vitória do nosso segmento foi a moratória do Dourado, em 2012, em Corumbá, e ratificada pela lei estadual de 2019.”
Com a adoção da modalidade pesque e solte, somente no ano passado 750 toneladas de peixes deixaram de ser capturados em Corumbá, conforme estimativa do trade turístico.