Policial usou a arma funcional para praticar o crime. Ele segue preso no Presídio Militar
Lethycia Anjos e Mirian Machado / MIDIAMAX
Um policial militar, de 30 anos, foi preso por estuprar uma mulher, de 24 anos, na saída do trabalho no último dia 8, na região da divisa com o Bairro Jardim Noroeste. O militar foi identificado em menos de três dias pelo Setor da Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) que investiga crimes sexuais.
A vítima, que trabalha em um posto de combustível na região onde aconteceu o crime, reconheceu o acusado na manhã desta segunda-feira (14).
Ele teve prisão temporária decretada na sexta-feira (11) e cumprida no mesmo dia. Ele foi preso, sozinho em casa no Bairro Ana Maria do Couto e levado para o Presídio Militar. “Ele se encontra preso. A investigação foi bastante êxitos, o setor tem trazido muitos frutos e foi criado para isso, trazer mais agilidade as investigação”, afirmou a Delegada Eliane Benicasa, titular da Deam.
Segundo a delegada, o policial usou a arma funcional para praticar o crime. O militar não esclareceu se escolheu a vítima aleatoriamente. Ainda não se sabe se há outras vítimas.
A mulher foi abordada com arma de fogo e ameaçada durante todo o trajeto. Após a prisão, ela reconheceu a arma e a camiseta e o acusado. No carro do militar foi encontrado um relógio da vítima, inclusive haviam fotos dela no celular dele.
Ainda segundo a polícia, o militar faz ‘bico’ de motorista de aplicativo, porém ela não era passageira, como ele havia dito, e sim foi abordada a pé quando saia do serviço.
Dinâmica
O crime aconteceu na noite do dia 08 de agosto por volta das 21h.
A jovem acionou a polícia militar, que realizou buscas na redondeza e em seguida a vítima registrou ocorrência na Deam, já na madrugada do dia 9.
A mulher conseguiu gravar a placa e características do carro e ao registrar ocorrência, ainda não havia tomado banho. “As informações que a vítima trouxe foram muito importantes e essenciais para investigar. Ainda foi possível a coleta do material genético para posterior comparação”, explicou a delegada.
A mulher ainda conseguiu identificar os caminhos que o acusado fez com ela, o que facilitou a procura por câmeras de segurança da região e consequentemente a identificação do militar. Foi feito ainda pedido de outras medidas como busca e apreensão, e medidas sigilosas.
“É mais uma investigação êxitos do setor tanto para vítima quanto para a sociedade, o acusado não era da região”. Dr. Mariana responsável pelo caso.
Registro na delegacia
A vítima que trabalha em um posto de combustível disse que tem o costume de voltar para casa a pé, já que não mora muito longe, e quando saiu por volta das 22 horas do serviço e estava caminhando foi abordada pelo desconhecido que estava em um veículo Fiat Mobi. Ele estava armado e a colocou no carro à força.
A mulher foi levada para um lugar ermo e escuro e estuprada pelo homem que a todo momento a ameaçava com a arma na cabeça. Depois de cometer o crime, o autor deixou a mulher na rua e fugiu. A vítima conseguiu anotar a placa e ligou para o seu chefe contando o que havia ocorrido.
O chefe ligou para a Polícia Militar que atendeu ao caso. A vítima foi até a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) junto de familiares para registrar o boletim de ocorrência. Na delegacia, ela ainda disse que o homem a ameaçou dizendo que sabia onde ela morava.
Ainda segundo a vítima, o autor tinha a língua presa, e que ele era forte e pardo. Equipes do Batalhão de Choque foram acionadas e rondas foram feitas, mas o homem não foi encontrado.