Diário Corumbaense
Com 4 metros e 02 centímetros, na régua de Ladário, o rio Paraguai atingiu nesta segunda-feira, 26 de junho, altura que não registrava desde 2018. A última vez que o nível bateu 4 metros ou mais havia sido em 12 de setembro daquele ano. De lá para cá, o pico tinha sido 3,92 metros nos dias 17 e 18 de julho de 2019.
Curiosamente, o mais recente Boletim de Alerta Hidrológico publicado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) em 23 de junho, não indicou o alcance da marca. Ao contrário, apontou tendência de queda no nível do rio para os próximos 28 dias. Na verdade, nenhum boletim deste mês, emitido pelo CPRM, apontava para a casa dos 4 metros.
O último prognóstico trouxe a estimativa de 3,91 metros no dia 30 de junho, na régua do Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste, do 6° Distrito Naval da Marinha do Brasil em Ladário.
Mesmo com as projeções menores que 4 metros, o mais recente boletim do Serviço Geológico do Brasil diz que “o rio Paraguai apresenta níveis compatíveis com aqueles considerados normais para este período” com tendência de “estabilização em Forte Coimbra, Ladário e Porto Murtinho”. Se confirmada a análise, o rio Paraguai, em Ladário, pode estar vivendo a semana do “pico da cheia”.
Maior marca
A maior cheia ocorreu em abril de 1988, quando o rio Paraguai atingiu a marca de 6,64 metros na régua de Ladário, superando os 6,62 m de maio de 1905. Cheia normal compreende de 5 a 5,99 metros. Cheia igual ou superior a 6 metros é considerada como uma cheia grande ou “super cheia”.
Embora demore a responder de forma mais efetiva à chuva, uma vez que, o rio é mais volumoso e a bacia é maior, a estação de Ladário – onde está instalado o Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste –, é considerada um termômetro para medir o grau da estiagem no bioma Pantanal.