Diário Corumbaense
O rio Paraguai está com tendência de “subida suave em Ladário”. A análise é do mais recente boletim publicado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM). Curiosamente, os 3,77 metros atingidos na quarta-feira, 14 de junho, superaram em quatro semanas o nível previsto pelo SGB-CPRM. Pelo prognóstico do Serviço Geológico, a marca deveria chegar aos 3,75 metros – ainda abaixo da atual – apenas no dia 05 de julho.
Embora a tendência seja de “subida suave”, a altura alcançada supera em mais de 1 metro o pico da cheia de 2022, quando o nível máximo do rio – de 2,64 m – foi alcançado em 30 de junho. Este ano, o pico da cheia de 2022 foi numericamente superado em 07 de abril (com registro de 2,65 m naquele dia).
A marca de 3,77 metros representa a maior altura dos últimos quatro anos na régua de Ladário. Esse mesmo nível havia sido registrado, pela última vez nos dias 20 e 21 de junho de 2019. Nesta quinta, a altura do rio na régua de Ladário, subiu mais 1 cm, marcando 3,78 metros.
Mesmo com índices “compatíveis com aqueles considerados normais para este período”, a altura do rio Paraguai, segundo a régua do Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste, do 6° Distrito Naval da Marinha do Brasil em Ladário, está 1,76 metro acima do nível de redução – profundidade de referência que garante segurança para quem navega utilizando as cartas náuticas.
Embora demore a responder de forma mais efetiva à chuva, uma vez que, o rio é mais volumoso e a bacia é maior, a estação de Ladário – onde está instalado o Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste -, é considerada um termômetro para medir o grau da estiagem no bioma Pantanal.
A maior cheia do século passado ocorreu em abril de 1988, quando o rio Paraguai atingiu a marca de 6,64 metros na régua de Ladário, superando os 6,62 m de maio de 1905. Cheia normal compreende de 5 a 5,99 metros. Cheia igual ou superior a 6 metros é considerada como uma cheia grande ou “super cheia”.