FolhaMS
Brasília (DF)- O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciará nesta terça-feira (18) a avaliação para tornar réus os acusados de participação nos ataques ocorridos em Brasília em 8 de janeiro deste ano. Dos cem envolvidos na primeira leva de denúncias, cinco são de Mato Grosso do Sul.
Os casos foram divididos em dois inquéritos, instaurados a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), para investigar o planejamento e a responsabilidade intelectual dos crimes praticados e identificar os participantes da invasão que não foram presos em flagrante.
A avaliação ocorrerá em julgamentos virtuais que serão divididos por inquérito, sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Na primeira leva, os casos de quem continua preso foram priorizados, enquanto as denúncias relativas ao restante, um total de 1.390, serão analisadas posteriormente. A lista inicial inclui cinco nomes de pessoas com RG de Mato Grosso do Sul.
Djalma Salvino dos Reis, um motorista de 45 anos de Itaporã, é um ferrenho apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro e participou de atos antidemocráticos em Dourados, pedindo intervenção federal e questionando o resultado das urnas.
Diego Eduardo de Assis Medina reside em Dourados e trabalha na área da construção civil. Fábio Jatchuk é técnico em instalação e manutenção de ar-condicionado, residente em Campo Grande.
Fabrício de Moura Gomes é natural de São Paulo, mas mora em Três Lagoas, onde é sócio de uma empresa especializada em fabricação de máquinas e equipamentos para indústria de celulose.
Eric Prates Kobayashi é residente em Campo Grande e trabalhava como carteiro nos Correios, mas deixou a empresa em meados de 2013.
O Campo Grande News, entrou em contato com a defesa dos denunciados, mas apenas o contato dos advogados de Erick Kobayashi estava ativo, e a reportagem aguarda retorno.
No dia 8 de janeiro, manifestantes vestidos de verde e amarelo estavam acampados diante do quartel-general do Exército, em Brasília, e foram para a Esplanada dos Ministérios. Eles invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.
Depois do ocorrido, uma intervenção federal foi instaurada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, resultando na prisão de centenas de pessoas. Dos 1.406 detidos, 942 tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva (sem prazo determinado) e 464 obtiveram liberdade provisória, mediante medidas cautelares.