Diario Corumbaense
Pela segunda semana consecutiva, a fronteira da Bolívia com Corumbá foi fechada nesta quinta-feira, 30, por professores que se mobilizam em todo o território boliviano. O protesto é por 48 horas.
Os manifestantes estão concentrados na linha internacional que delimita o território entre Bolívia e Corumbá. Não há tráfego de veículos, apenas pessoas a pé podem cruzar a fronteira. Além desse ponto de bloqueio, manifestantes estão concentrados na estrada Bioceânica, que liga os dois países via terrestre.
Em entrevista ao Diário Corumbaense, a representante da Federação de Puerto Suárez do Magistério Urbano, Aidee Terrazas Cabezas, explicou que na faixa de fronteira a manifestação será nesta quinta e sexta, com um intervalo de abertura no final do dia.
“O fechamento da fronteira será por 48h, das 06h até às 18h, quando o tráfego será liberado, conforme determinação da assembleia da categoria. Cada região de sua federação está instalando o ponto de bloqueio. Caso não haja nenhuma resposta do governo, voltaremos com os protestos por 72h, caso persista, aí sim, iniciamos os protestos de forma indefinida”, explicou Aidee Terrazas.
Condutores atravessam de um lado para o outro se utilizando das estradas “cabriteiras”Com a linha internacional sem entrada e saída de veículos, algumas pessoas atravessam os dois lados da fronteira por estradas vicinais, conhecidas como “cabriteiras”, que interligam os dois países pela zona rural de Corumbá, dando acesso ao território boliviano.
Entenda
Os professores pedem melhores condições de trabalho, orçamento e são contrários à implantação do novo currículo escolar.
O ministro da Educação, Edgar Pary, tinha anunciado na terça-feira que estava analisando o documento apresentado pelos professores com os seus colaboradores, mas a resposta está à espera.
Nesse tempo, a pasta do Estado anunciou descontos nos salários dos professores que aderirem à paralisação. O setor mobilizado anunciou que manterá os protestos apesar do alerta por considerar suas reivindicações “justas”. Asseguraram que cederam em grande parte de suas reivindicações.
Com informações Unitel TV .