FolhaMS
Corumbá (MS)- Ruddy Edil Sandoval Suárez, um cidadão boliviano de 37 anos, que foi morto a tiros e seu corpo encontrado na madrugada desta quinta-feira, em Corumbá, acumula denúncias de envolvimento com o narcotráfico em seu país de origem, além da imprensa local, retratar a sua influência e proximidade com políticos locais, incluindo financiamento de campanhas a diversos cargos.
De acordo com informações preliminares, Sandoval foi encontrado sem vida dentro de seu veículo, uma perua Toyota Land Cruiser, amarrado e com marcas de tiros na cabeça e nuca. A polícia brasileira iniciou as investigações sobre o homicídio, que foi classificado como execução.
Em julho de 2022, o deputado boliviano Erwin Bazán (Creemos) denunciou a ligação de Sandoval com o narcotráfico e com o coronel Gonzalo Medina, envolvido no caso Pedro Montenegro. Ele é apontado de integrar um grupo de narcotraficantes responsável pelo envio de drogas ao Panamá, México e Estados Unidos.
O empresário boliviano, no entanto, negou todas as acusações e chegou a processar o deputado por calúnia. Sandoval afirmou que não tinha nada a ver com o tráfico de drogas e que mantinha amizade com o prefeito e seu filho.
A execução de Sandoval em solo brasileiro levanta questões sobre a influência do narcotráfico boliviano na região de fronteira entre os dois países. Corumbá é uma cidade localizada na fronteira com a Bolívia e é conhecida por ser rota do tráfico de drogas.
As autoridades brasileiras continuam investigando o caso para esclarecer as circunstâncias da morte de Ruddy Edil Sandoval Suárez. Inclusive, uma das hipóteses levantadas, é de que o homem possa ter sido executado em solo boliviano e seu corpo “descartado” no território brasileiro.