O menino de 11 anos, vítima de estupro coletivo, não resistiu a complicações de doença que contraiu após ter sido abusado várias vezes por mais de um ano, e morreu no sábado (11). Os acusados são quatro irmãos, que viviam em frente à casa da vítima, no município de Yapacaní, na Bolívia.
O corpo do menor, que foi ameaçado caso contasse os estupros, é velado na casa da família e deve ser sepultado nesta segunda-feira (13), onde vizinhos e parentes pedem justiça, exigindo das autoridades que esclareçam o caso e prendam todos os envolvidos nos abusos.
Os acusados são quatro irmãos. Um é menor de idade, está foragido no Chile, enquanto outro está em um centro de menores e um adulto foi enviado para Chonchocoro, na cidade de La Paz, depois de se livrar de ser linchado pelos moradores. Ele chegou a ser colocado nu em praça pública.
O quarto acusado, morreu há algum tempo devido a uma doença grave na prisão de Palmasola, onde estava devido a outra denúncia de estupro de menor. Após a morte do menino de 11 anos, os irmãos acusados serão processados por infanticídio.
“Tem que haver justiça”
“Eu quero justiça. Que investiguem profundamente (…) Tem que haver justiça, não vai acontecer (ficar) assim. Meu filho vai embora para sempre e eles vão rir (…) Mesmo que me matem, não vou ficar calada; onde quer que eu vá, vou falar”, desabafou a mãe do menino, dona Bertha.
Dona Bertha clama por Justiça: “mesmo que me matem não vou ficar calada”Ela chora, soluça, às vezes interrompe sua história e lembra que no dia 26 de maio seu filho lhe pediu para tirá-lo do hospital. Seu objetivo era comprar um presente para ela e comemorar o Dia das Mães com os irmãos. Naquela sexta-feira, 27, ele realizou seu desejo e celebrou sua mãe com flores, doces e chocolates. No entanto, na segunda-feira seguinte, ele foi hospitalizado novamente, pois sua saúde não havia melhorado.
Naquela segunda-feira, o menino finalmente teve a conversa, que havia adiado por meses, com a mãe. Pela primeira vez ele compartilhou com ela o drama que vivera e que guardara para si, bem como o medo que o invadia devido às ameaças que recebera de seus agressores, de agredir a ele e a seus familiares, mas ele contou as atrocidades que havia vivido. No domingo seguinte, 05 de junho, foi mandado para Santa Cruz; no dia 07, completou 11 anos, mas ontem, não resistiu ao grave quadro de saúde causado pelos estupros.
Com informações Unitel e El Deber.